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Jalles e Albioma inauguram planta de biogás a partir da vinhaça

As vantagens ambientais da planta de biogás são várias, já que após passar pelo reator, a vinhaça é utilizada no campo como biofertilizante

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O biogás produzido será utilizado na caldeira para geração de 22 GWh de energia

Planta de biogás gerado a partir da vinhaça, já é realidade em Goiás. Instalada na Unidade Otávio Lage, em Goianésia, a nova planta, inaugurada em 29 de setembro, que recebeu investimentos na ordem de R$30 milhões, é fruto de uma parceria entre a Jalles e a francesa Albioma.

O biogás produzido será utilizado na caldeira para geração de 22 GWh de energia, que são exportados para o Sistema Interligado Nacional, quantidade suficiente para abastecer uma cidade de aproximadamente 30 mil habitantes por ano.

“Um prazer trazer essa tecnologia de ponta para Goiás e continuar desenvolvendo localmente esse setor para que Goiás continue se destacando na geração de energia verde”, ressaltou o diretor-presidente da Albioma, Christiano Forman.

O diretor-presidente da Jalles, Otávio Lage Filho, relatou que a empresa sempre se preocupou com a destinação da vinhaça. Antes, era utilizada apenas para a irrigação. Agora, com a planta de biogás, antes de ir para o campo, a vinhaça, que também possui açúcares em sua composição, será enviada a um reator anaeróbio (um reservatório sem presença de oxigênio), onde será fonte de matéria orgânica para microrganismos. Nesse processo, é produzido o biogás, um composto de três gases: Metano, Dióxido de Carbono e Sulfídrico.

As vantagens ambientais da planta de biogás são várias, já que após passar pelo reator, a vinhaça é utilizada no campo como biofertilizante, com pH mais próximo da neutralidade, o que pode contribuir para sua melhor absorção no solo.

Na ocasião, também foram inaugurados na Unidade Otávio Lage o Centro de Distribuição e Armazenagem de Açúcar (CDA) Marilda Fontoura de Siqueira e uma nova caldeira. O diretor-presidente da Jalles, Otávio Lage Filho, explicou que os investimentos, na ordem de R$140,5 milhões, fazem parte do plano de investimentos de R$517,4 milhões nas unidades de Goianésia, anunciado em 2021, para aumentar a capacidade industrial em 1 milhão de toneladas de cana, passando de 5,3 milhões para 6,3 milhões de toneladas.

O CDA tem 7.040 m², capacidade para estocar 48 mil toneladas de açúcar e linha de produção com capacidade de 60 ton/h. O local recebeu o nome de Marilda Fontoura de Siqueira, que foi esposa do fundador da Jalles, Otávio Lage de Siqueira, e primeira-dama do Estado de Goiás. Marilda faleceu em abril deste ano e deixou um grande legado na área social.

Já a caldeira, com capacidade de produção de 210 mil kg/h de vapor, recebeu investimento de aproximadamente R$90,5 milhões. A cogeração de energia é feita em parceria com a Albioma e a planta tem capacidade para produzir 390GWh por safra, dos quais 226 GWh são exportados para o Sistema Interligado Nacional, quantidade suficiente para abastecer uma cidade de aproximadamente 300 mil habitantes por ano.