Andrelino nasceu em Araraquara, em 10 de setembro de 1895; sempre foi um exemplar chefe de família, trabalhador e honrado além de católico fervoroso. Dedicava-se com muito carinho como voluntário nas festas realizadas nas Igrejas Santo Antônio e São Benedito, na Vila Xavier, juntamente com alguns amigos.
Sem os pais aos 7 anos de idade, Andrelino foi criado por seu avô materno, Antonio Alves Pinto, proprietário de uma grande gleba de terra, a qual se estendia das imediações da Igreja de São Benedito, na Vila Xavier, até as proximidades da Estação do Ouro.
Cercado de muito carinho por esses familiares, Andrelino cresceu e passou a frequentar o Grupo Escolar Carlos Baptista Magalhães, onde concluiu o curso primário. Foi à luta ainda jovem, e deixando os estudos, começou a trabalhar em uma serraria na Rua Antônio Prado, em frente a Estação Ferroviária.
Muito ativo, procurou uma ocupação na qual pudesse se manter por conta própria e dessa maneira adquiriu uma carroça e foi trabalhar como carroceiro pracista. Comunicativo e batalhador, surge-lhe após a venda das terras do avô, uma oportunidade para comprar um armazém localizado na Avenida São Paulo, local bem próximo à Igreja de São Benedito, de propriedade de Antonio Deliza. Assim, Andrelino entra para o ramo de “secos e molhados”. Mais tarde, Andrelino batiza uma das filhas de Antonio Deliza, tornando-os compadres e grandes amigos.
Em 1° de março de 1919, aos 24 anos, casou-se com a jovem Cristina Lopes, filha de Raimundo Nogueira e Elisa Lopes. O casal Andrelino e Cristina teve 13 (treze) filhos: Valter, casado com Aparecida de Lurdes Fava; Nair, casada com Wilson Montoro; Andrelino Filho, casado comJoana Carmen Biffi; Mário, casado com Dirce Bellardi; Antônio, casado com Rosa Gossain; Maria do Carmo e Luiz Carlos (ambos falecidos na primeira infância); Maria Aparecida, casada com Nelson Biffi; Dirce, casada com Genesio Deliza; Paulo (falecido aos 21 anos de idade); José Carlos, casado com Marli; Octávio Alves Pinto, casado com Maria Aparecida Silva; e, por fim, Hélio, casado com Terezinha de Lourdes Gonçalves.
Com a família constituída, vencedor, Andrelino constrói bem próximo ao seu endereço comercial anterior, um prédio próprio que abrigava a sua residência e seu novo armazém, inaugurando-o em 1º de fevereiro de 1925. Foi nessa casa que nasceram a maioria deseus filhos, local onde a família prosperou e viveu por muitos anos.
Andrelino era um homem austero, porém, gostava de levar os filhos a participar do “corso” nos carnavais e também os levava às pescarias, lazer preferido da família. Na comunidade, ele integrou por vários anos a diretoria do Asilo de Mendicidade e também era dedicado membro da Sociedade São Vicente de Paula (Vicentinos).
Andrelino Alves Pinto faleceu em 31 de janeiro de 1959. Seu nome está na rua através do Decreto n° 3711, de 14 de março de 1975, que passou a denominar Rua Andrelino Alves Pinto, a via pública conhecida até então como Rua da Glória, no loteamento Jardim Floridiana, na Vila Xavier.