Além da Prefeitura de Araraquara também a Fiocruz se manifestou no final da tarde desta sexta-feira (2) sobre a polêmica de vacinas aplicadas fora do prazo de validade em milhares de pessoas no país. Na verdade, das 26 mil doses vencidas da AstraZeneca aplicadas em diversos postos de saúde do país, 13 foram em Araraquara, o que compromete a proteção das pessoas que as receberam. Os dados constam de registros oficiais do Ministério da Saúde.
Até o dia 19 de junho, os imunizantes com o prazo de validade expirado tinham sido utilizados em 1.532 municípios brasileiros. Araraquara é um deles, ficando em 258º lugar, com doses vencidas aplicadas na UPA da Vila Xavier (1), USF do Iedda (1), USF do Adalberto Roxo (2), na Central Municipal da Vigilância Epidemiológica (2) e no Serviço Especial de Saúde – Sesa (7)
Em relação a esta informação de que doses da vacina AstraZeneca teriam sido aplicadas fora da validade, a Fiocruz esclarece também em nota que os referidos lotes não foram produzidos pela instituição. Parte dos lotes (com numeração inicial 4120Z) é referente aos quantitativos importados prontos do Instituto Serum, da Índia, chamada de Covishield, e entregues pela Fiocruz ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde (MS) em janeiro e fevereiro deste ano. Os demais lotes apontados foram fornecidos pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS).
Em sua nota a Fiocruz revela que “todas as doses das vacinas importadas da Índia (Covishield) foram entregues pela Fiocruz em janeiro e fevereiro dentro do prazo de validade e em concordância com o MS, de modo a viabilizar a antecipação da implementação do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, diante da situação de pandemia”.
A Fiocruz assegura que está apoiando o PNI na busca de informações junto ao fabricante, na Índia, para subsidiar as orientações a serem dadas pelo Programa àqueles que tiverem tomado a vacina vencida.