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Plano Safra 21/22: BNDES afirma que recursos estarão disponíveis nesta quarta-feira

Dos R$ 89 bilhões disponíveis e com taxa de juros equalizadas pelo governo, mais de R$ 16 bilhões foram destinados ao BNDES

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Presidente da OCB, Márcio Lopes, afirmou que, na busca por crédito privado, produtores sofrem com abusos em custos cartorários

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), Gustavo Montesano, afirmou nesta segunda (5),  em uma transmissão ao vivo que os recursos do plano safra 21/22 estarão disponíveis a partir desta quarta-feira (7).

O BNDES concentra a maior fatia de recursos equalizados para investimentos no crédito rural. A fala aconteceu durante uma transmissão ao vivo da Organização das Cooperativas do Brasil, a OCB, a respeito do plano safra 21/22.

“E para o plano safra deste ano, que a gente vai colocar em operação a partir de quarta-feira agora, 7 de julho, a gente enxerga números e dados muito parecidos com os do ano passado, em torno de R$ 20 bilhões, mas sem qualquer limitação ou restrição para os recursos que foram feitos com capitais próprios do BNDES, sem necessidade de equalização”, disse o presidente do BNDES, Gustavo Montezano.

Neste plano safra 21/22, dos R$ 89 bilhões  disponíveis e com taxa de juros equalizadas pelo governo, mais de R$ 16 bilhões foram destinados ao BNDES. A maior parte dessa quantia, cerca de R$ 14 bilhões, são para linhas de investimento.

Durante a transmissão, o presidente da OCB, Márcio Lopes, afirmou que, na busca por crédito privado, produtores sofrem com abusos em custos cartorários. “Com a nova Lei do Agro e as obrigatoriedades de registro de todas as CPRs, houve também um certo aumento da cartelização. Os cartórios tão abusando um pouco dos preços, dos custos de registro das cédulas. Então uma cédula normal de CPR que custaria para o produtor de pequeno porte R$ 150, R$ 200 pra o registro, foi pra R$ 1.500, R$ 2.000”, contou.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, também abordou o tema. “Este ano verificamos os efeitos da aprovação da Lei do Agro com o aumento dos estoques de instrumentos como CPR e o CRA. Já anotei aqui a preocupação do setor com os preços dos cartórios, estava na nossa lei do agro, né, essa cobrança mais engessada, e eu fico muito triste quando eu vejo os cartórios cobrando o valor muito maior do que o necessário pelos CPRs e os CRAs”, falou.

Sobre o conflito do setor de proteína animal, que o Rural notícias mostrou na última sexta-feira, para acesso aos recursos do Moderagro e a necessidade de um limite maior de empréstimo no Inovagro, a ministra – que está de licença médica por ter feito uma cirurgia nos olhos – também se posicionou. “No que diz respeito às condições de acesso a programas como Moderagro e Inovagro, estamos trabalhando para solucionar os entraves identificados.”