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Censo dos canaviais demonstra melhorias nas variedades cultivadas em 2020/21

Dados da pesquisa do IAC demonstram que a escolha dos cultivares vem ficando mais assertiva nos últimos anos; ainda assim, indicadores do Centro-Sul seguem abaixo do ideal

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Produtor de cana
Os programas de melhoramento genético trabalham tanto no desenvolvimento das variedades quanto na divulgação dos benefícios

A escolha das variedades de cana-de-açúcar que são cultivadas tem grande influência na produtividade da plantação e, consequentemente, na qualidade dos produtos das usinas. O tema já é amplamente conhecido pelo setor como um todo, porém os investimentos nesta área nem sempre são prioridade, especialmente porque a mudança de cultivares leva tempo.

Independentemente disso, os programas de melhoramento genético trabalham tanto no desenvolvimento das variedades quanto na divulgação dos benefícios da utilização das mais recentes. No caso do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por exemplo, a conscientização é feita especialmente com a realização do Censo Varietal, que acontece desde 2016.

Em relação à safra 2020/21, por exemplo, o IAC constatou que a variedade mais plantada nos canaviais do Centro-Sul, com 18% da área pesquisada, é a RB867515, antiga e não adaptada à mecanização. No comparativo com as safras anteriores, houve uma redução neste número – era 21% em 2019/20 e 23% em 2018/19 –, porém o resultado ainda está longe do ideal.

O Censo também traz informações sobre a renovação do canavial, a idade da plantação e os riscos que os produtores correm ao concentrar uma mesma variedade no campo. De acordo com os dados obtidos, a quantidade de canas plantada ou colhida aponta que a renovação tem melhorado ligeiramente nos últimos anos. Ainda assim, a idade média do canavial está acima do ideal, o que pode definir a qualidade da colheita. Com isso, os riscos foram classificados em um nível intermediário.

A pesquisa, que abrangeu 214 unidades – correspondentes a 5,9 milhões de hectares – em 2020, envolve o preenchimento de um questionário com os cultivares que estão crescendo e os que foram plantados, além das áreas que eles ocupam. Na divulgação do resultado do Censo, a equipe do IAC explica os prós e contras das escolhas dos produtores, a fim de conscientizá-los por mudanças que beneficiariam o país como um todo.

Fonte- Nova Cana