Em comparação com a pesquisa anterior, de outubro, a terceira estimativa é 0,4% (1,27 milhão de t) maior.
A Conab destaca em comunicado que foi registrado grande volume de chuva em outubro, ultrapassando a média em diversas localidades, principalmente nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e no Matopiba (acrônimo formado com as iniciais dos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), o que favorece o desenvolvimento das culturas de 1ª safra.
“No entanto, no Sul do país, a chuva registrada não foi suficiente para atingir a média em grande parte da região”, pondera a Conab.
O crescimento da produção acompanha a elevação da área plantada. Segundo a estatal, os agricultores brasileiros destinarão cerca de 72 milhões de hectares para o plantio dos grãos, incluindo culturas de 1ª, 2ª e 3ª safras, aumento de 4,3% sobre o período 2020/21 (69 milhões de hectares).
SOJA E MILHO
Soja e milho continuam como os dois principais produtos que puxam o bom resultado. Para a oleaginosa é esperada uma ampliação de 3,7% na área a ser semeada, para 40,3 milhões de hectares. A produtividade tende a se manter próxima à obtida na safra anterior, estimada atualmente em 3.539 kg/ha. Com isso, é esperada uma colheita de 142,79 milhões de toneladas, mais 4% ante a safra anterior (137,32 milhões de t), desempenho que mantém o País como o maior produtor mundial de soja.
No caso do milho, a expectativa de crescimento é de 34,6% na produção total, com um volume previsto em 117,2 milhões de toneladas. “O alto porcentual reflete a recuperação nas produtividades, principalmente da segunda safra do cereal, que teve impacto negativo no ciclo 2020/21 pelas adversidades climáticas registradas”, diz a Conab. A primeira safra de milho está projetada em 29,07 milhões de t (mais 17,6% ante 2020/21, que foi de 24,7 milhões de t)
A expectativa é de crescimento também na área de plantio do algodão. A previsão é que o cultivo ocorra em uma área de 1,49 milhão de hectares, resultando em um aumento da produção. Na colheita da pluma é esperado um aumento de 10,7% em comparação com a safra 2020/21 (2,36 milhões de t), alcançando 2,6 milhões de toneladas.
Para o feijão, a Conab espera um aumento na produção impulsionada pela melhora na produtividade das lavouras. Mesmo com a expectativa de menor área semeada, somando-se as três safras, os produtores da leguminosa deverão colher 3,1 milhões de toneladas (mais 9% ante 2020/21, que foi de 2,88 milhões de t).
Já para o arroz, a estimativa é de manutenção da área de cultivo com uma leve queda na produção de 2,5%, ficando em torno de 11,46 milhões de toneladas ante 11,75 milhões de t na temporada anterior.
Em fase final de colheita, o trigo está com produção estimada em 7,8 milhões de toneladas, um novo recorde para o país. Na safra 2020, a produção trigo atingiu 6,23 milhões de t.