A brasileira Copersucar assinou nesta terça-feira a compra de 50% de participação da Cargill na Alvean, joint venture entre as duas empresas que lidera o mercado de açúcar, disse a empresa em comunicado.
Com acordo, a Copersucar deverá ser a única dona da Alvean, que detém cerca de 20% do comércio global de açúcar.
A operação está sujeita à aprovação do Cade, a autoridade concorrencial brasileira.
“Após a conclusão da transação, a Alvean seguirá atuando como empresa independente, tendo gestão autônoma e governança própria, mantendo suas atividades e a força da sua marca, além de presença e escala globais”, disse a companhia em nota.
A empresa atende a clientes em todo o mundo por meio de escritórios nos principais centros de originação, venda e comércio (Genebra, Hong Kong, Bangcoc, Xangai, Bilbao e Miami), contando com uma logística integrada.
“O negócio de açúcar é pilar essencial do crescimento da Copersucar. Com a aquisição da Alvean, a companhia consolida a sua relevante posição no mercado internacional”, completou.
Fonte: Reuters
Copersucar seguirá sozinha ou buscará parceiro para o lugar da Cargill?
Depois que a Louis Dreyfus se desfez da Biosev (BSEV3), vendendo-a para a Raízen, não era novidade que outras tradings globais se desfizessem de ativos em sucroenergia. Foi o que ocorreu com a Cargill com a sua parte na Alvean, a comercializadora de açúcar. A Copersucar, sócia em 50%, era a candidata natural, como se confirmou nesta terça (30).
As novidades que poderão vir de agora para a frente são quais caminhos a Alvean seguirá. E um deles pode ser a busca por outro parceiro estratégico, como foi a Cargill, que está no grupo de tradings globais conhecido por ABCD (Archer Daniels Midland, Bunge, Cargille Louis Dreiyfus Company).
“Ou seguirá sozinha”, especula o consultor Alexandre Figliolino, da MB Agro.
A Alvean já detém 20% do mercado mundial de açúcar, portanto expertise a Copersucar possui, mesmo de antes da joint venture com a Cargill, “e acessa diretamente os principais mercados importadores e sua originação não se restringe ao Brasil”.
Mas um outro sócio com dinheiro não seria descartado.
Para Figliolino, ex-diretor do Itaú BBA, “uma trading bem capitalizada sempre ajuda, permite alavancar mais crédito e consequentemente negócios”.
Fonte: Money Times