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Governo planeja ajuda a usinas intermitentes mesmo com risco de apagões

Sobrecarga de energia por usinas eólicas e solares é apontada como principal motivo de panes no sistema da Europa

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O problema, afirmam técnicos do governo, é a sobrecarga de geração por essas fontes no sistema

Os apagões na Europa intensificaram o plano do Ministério de Minas e Energia e do ONS (Operador Nacional do Sistema) de ajudar usinas solares e eólicas sem que o aumento da geração de energia leve o país a um apagão.

Essas usinas, associadas a uma pane no sistema em 2023, também são apontadas como a principal causa do apagão ocorrido em países europeus como França, Portugal, Espanha e Bélgica em abril. O problema, afirmam técnicos do governo, é a sobrecarga de geração por essas fontes no sistema.

A Espanha, por exemplo, foi um dos países que registrou crescimento de usinas eólicas e solares no ano passado. No Brasil, o Ministério de Minas e Energia avalia saídas. Nesta segunda (5), houve um encontro entre o ministro Alexandre Silveira e representantes do setor.

Como foi noticiado, a pasta, em conjunto com o ONS, cogita implantar um modelo de flexibilização, que permitirá avaliar exatamente quanto cada uma dessas fontes poderá injetar no sistema a cada hora do dia. Hoje, elas enfrentam restrições após cortes de geração impostos pelo ONS.

Para compensar os cortes, a pasta também quer liberar a exportação por essas fontes para países vizinhos. No entanto, para isso, será preciso reforçar linhas de transmissão do Nordeste, onde esse parque está instalado em grande maioria, para o Sul.