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Mercado da soja é marcado pela demanda nos EUA e dólar no Brasil no fim da semana

O momento é mesmo de espera e cautela por parte do produtor brasileiro

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o Brasil é o maior produtor e exportador de soja do mundo

Embora a sexta-feira (12) tenha sido de recuperação para a soja do Brasil em função da disparada do dólar frente ao real, a semana ainda tem um balanço de poucos novos negócios e preços ligeiramente mais baixos nos portos do país se comparados à última segunda-feira. O intervalo que no dia 8 de junho era de R$ 97,00 a R$ 106,00, entre disponível e referências para fevereiro de 2021 em Rio Grande, Paranaguá e Santos, fechou o dia com indicativos entre R$ 96,50 e 102,00 por saca.

O mercado nacional teve uma semana mais fraca também com o feriado nesta quinta-feira (11), em comemoração ao dia de Corpus Christi, que desacelerou ainda mais o ritmo de novos negócios. Mais do que isso, o que mantém os sojicultores mais retraídos são os elevados índices de comercialização das safras 2019/20 e 2020/21. Já são mais de 90% da temporada atual e mais de 30% quando se trata da safra nova.

E para Ênio Fernandes, consultor em agronegócio da Terra Agronegócios, o momento é mesmo de espera e cautela por parte do produtor brasileiro. Afinal, segundo ele, há espaço para mais altas nos prêmios pagos pela soja nacional, o clima nos EUA precisa ser monitorado – dados apenas o início da nova safra por lá – e o dólar, que nesta sexta fecha com alta de mais de 2% e valendo R$ 5,05 ainda tem muita volatilidade para apresentar ao mercado.

Entre os prêmios, a perspectiva de valorização vem da pouca oferta que o Brasil ainda tem disponível diante de uma demanda que se mantém aquecida, inclusive na exportação. Os meses mais a diante, como julho, agosto e setembro, já têm valores de prêmios que superam US$ 1,00 por bushel acima dos valores praticados na Bolsa de Chicago.