A produção e a exportação de milho, um dos principais produtos do agronegócio brasileiro, devem superar os valores esperados para 2022. Os preços internos do grão, enquanto isso, continuam acima da média histórica.
No primeiro semestre deste ano, os baixos estoques e a demanda firme devem limitar a possibilidade de quedas expressivas nas cotações. Até o momento, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a primeira safra de milho 2021/2022 deva atingir 29 milhões de toneladas – quase 18% a mais que na temporada anterior.
Já na segunda metade de 2022, uma possível pressão sobre os valores pode ser registrada, caso as projeções de oferta de segunda safra elevada sejam consolidadas. Por enquanto, as estimativas oficiais indicam produção e exportações recordes no Brasil e no Mundo.
Um Projeto de Lei apresentado na Câmara dos Deputados em agosto de 2021 estabelece um imposto de 15% sobre a exportação de milho até o final deste ano. Segundo a relatora, a deputada Soraya Manato (PSL-ES), a alta no preço do milho nos últimos anos vem levando produtores a optarem pelo mercado externo, prejudicando o abastecimento nacional. O texto será analisado pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; Finanças e Tributação e também pela Constituição e Justiça.