O presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Araraquara (Canasol), Luís Henrique Scabello de Oliveira, participa nesta terça-feira (19) em Brasília do Seminário Descarbonização: Os Caminhos para a Mobilidade de Baixo Carbono para o Brasil.
O evento é considerado um dos mais importantes dos últimos tempos sendo organizado através o Acordo de Cooperação Mobilidade de Baixo Carbono para o Brasil (MBCB) e a Esfera Brasil.
Diante do fato de que o Brasil ocupa um papel crucial na transição global para uma matriz energética sustentável e poder se firmar como líder mundial na mobilidade de baixo carbono, o evento reúne, pela primeira vez no país, toda a cadeia da mobilidade para dialogar sobre soluções inovadoras para o presente e o futuro.
Em seu material de divulgação sobre o acontecimento a Esfera Brasil salienta que o Seminário Descarbonização é resultado da nossa crença em relação ao potencial e às vantagens competitivas que credenciam o Brasil como exemplo de uma mobilidade limpa, econômica e socialmente responsável.
Já o presidente da Canasol como um dos convidados diz que o seminário tem o intuito de promover um debate positivo e apoiar as políticas públicas que considerem todas as rotas tecnológicas disponíveis e em desenvolvimento, gerando segurança energética, emprego e renda, e neoindustrialização.
PARTICIPAÇÃO DO VICE-PRESIDENTE ALCKMIN
Presente no encontro o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço, Geraldo Alckmin, disse que o Brasil tem potencial de ser o protagonista do mundo no enfrentamento das mudanças climáticas, com estímulo à inovação para a descarbonização da indústria.
“Estamos em frente a um desafio, e o Brasil vai ser o grande protagonista do mundo, com segurança alimentar, segurança energética e clima”, ressaltou o ministro na abertura do seminário “Descarbonização: Rumo à Mobilidade de Baixo Carbono no Brasil”, organizado pela Esfera Brasil e Mobilidade de Baixo Carbono para o Brasil (MBCB).
Valorizando o potencial brasileiro, a sustentabilidade faz parte das bases da Nova Indústria Brasil (NIB), junto com a produtividade, exportação e a inovação. Isso abre oportunidades para a descarbonização da indústria, tema presente em mais de uma missão da NIB.
O ministro disse que investimentos no setor de energia que resultaram em uma geração de energia limpa e barata, com destaque à eólica e a solar. “Com uma rota tecnológica bem estimulada, ganha escala, reduz o preço e consegue avançar”, destacou o ministro, que ressaltou o fato de o Brasil ter a matriz elétrica mais limpa do mundo.
Alckmin também destacou o potencial de descarbonização dos biocombustíveis. “Nós somos exemplo. 85% da frota brasileira é flex. É estimular energia limpa, renovável, geradora de emprego, que fixa carbono no solo”. Ele ressaltou, ainda, que é necessário reduzir o desmatamento para diminuir a emissão de gases de efeito estufa, e o Brasil tem feito o dever de casa e reduziu em quase 40% o desmatamento na Amazônia.
A PALAVRA DO RELATOR ARNALDO JARDIM
Relator do projeto de lei do “combustível do futuro” aprovado pela Câmara dos Deputados, Arnaldo Jardim afirmou que “o Brasil vai conviver com diferentes modelos, diferentes referências tecnológicas”, mas terá uma “marca”. “O país vai ser o líder mundial na mobilidade de baixo carbono”, garantiu.
“O Brasil pode, com o híbrido flex, sem descartar as outras alternativas, ter uma vertente com algo mais adequado às nossas condições e um protagonismo do ponto de vista internacional”, explicou Jardim.
Para o deputado, o objetivo do país é se tornar “uma plataforma tecnológica de inovação automobilística, para que possamos ter não importação, mas desenvolvimento de produtos”.