Foi encerrado nesta quinta-feira (05) em Araraquara o Simpósio Acadêmico do Curso de Agronomia (1° SACA), com uma série de debates sobre o andamento do agronegócio regional. O acontecimento teve registro na sede do Sindicato Rural que estabeleceu parceria com a Faculdade Anhanguera, através do seu curso de Agronomia.
Segundo o presidente do Sindicato Rural, Nicolau de Souza Freitas, foi muito importante manter essa parceria com a Anhanguera, pois se trata de uma faculdade com grande potencial de ensinamento, capaz de colocar no mercado agrícola profissionais de alto nível.
“Entendemos que a agronomia é a ciência que melhora a qualidade e a produtividade de rebanhos, plantações e produtos agroindustriais’, disse o dirigente na noite em que participou do simpósio e teve ao seu lado durante a roda de conversa o agrônomo Ricardo Pereira.
No seu entendimento, na atualidade o homem do campo necessita de informações atualizadas sobre o preparo da terra, o plantio, o acompanhamento da lavoura e a colheita: “São tarefas que devem ser analisadas e cuidadas com o avanço da tecnologia e o engenheiro agrônomo sabe muito sobre a importância do seu papel neste processo”, argumentou, Nicolau, extremamente experiente no setor produtivo agrócola.
A bem da verdade, o curso de Agronomia da Anhanguera explica bem que o agrônomo cuida do planejamento, coordenação e execução das atividades relacionadas a todas as etapas de um agronegócio, com o objetivo de garantir ou aumentar a qualidade e eficiência dos processos de produção”.
Já no segundo dia do simpósio, a empreendedora do agronegócio regional, Anna Paula Nunes, proprietária da Fazenda Jangada Brava que está se especializando no plantio da soja, dividiu as análises sobre a agricultura com o zootecnista Renato Trevizoli, da Agrícola Trevizoli, empresa viveirista de mudas de Cana com excelência em qualidade e tecnologia credenciada pelo MAPA.
Anna Paula é fundadora e diretoria do Grupo Mulheres do Agro em Araraquara e seus conhecimentos sobre a agricultura são plenamente reconhecidos e influentes no acompanhamento das tendências agrícolas.
Ela sempre tem comentado que – “busca compartilhar com outras mulheres um pouco da sua história e que depois de assumir a liderança dos negócios na fazenda passou a investir mais em tecnologias e nos colaboradores, sempre em busca de maior produtividade. “No início, por ser uma das poucas mulheres em cargo de liderança, me sentia deslocada, mas conquistei o respeito por meio do meu trabalho”, comenta.
Essa talvez seja uma das fortes razões de ser constantemente chamada para participar das políticas agrícolas na região de Araraquara. No simpósio, ela mesmo considerou que dividir a responsabilidade dos debates com Trevizoli foi muito significativo.
No último módulo do simpósio esteve presente o engenheiro agrônomo João Henrique de Souza Freitas que também é coordenador regional do Senar, onde ele confessa ter encontrado uma interação ampla com produtores que buscam a capacitação profissional, bem como jovens aprendizes que querer permanecer no campo, tendo no entanto a sabedoria e o conhecimento de mexer com a terra.
Para ele, eventos deste porte, permitem um acompanhamento as novas tendências do agronegócio e o trabalho do homem no campo. Pesquisa recente realizada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) mostra que o agronegócio representa 25,5% do PIB nacional. A participação relevante coloca o País como um dos maiores produtores do mundo.
O coordenador regional do Senar SP explica que “devido à tecnologia que se aproxima cada vez mais do processo de produção no campo, o setor se encontra em constante mudança e adaptação. Com diversas inovações, a tendência é que os produtores se adaptem a essa nova realidade tecnológica e a novos meios de produção, que podem facilitar o manejo e aumentar a rentabilidade dos negócios ao longo dos anos.”
Ele também assegura que “essa é uma das razões que nos leva a apoiar a iniciativa, pois além de marcar o nosso apoio, o fato em si demonstra o interesse que temos em aproximar o produtor rural das mudanças constantes que existem na agricultura.”
O Sindicato Rural de Araraquara, considerado um dos mais atuantes no Estado de São Paulo ao disponibilizar esse apoio, na verdade, cumpre o seu papel como entidade voltada ao agronegócio, orientando o produtor e lhe dando suporte de aprendizado para garantir o fortalecimento de todas as culturas praticadas na região.
No último módulo, João Henrique dividiu os debates com o engenheiro agrônomo Kayo César de Oliveira Martins, da B3 Bio Soluções Biológicas, que tem uma bela formação acadêmica pela Universidade Federal de Lavras, em Minas Gerais.