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Spread dos frigoríficos está robusto e segura originação mais cara de boi

Boi de confinadores e de semi-confinadores sai mais caro nessa época.

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Boi continua morrendo mais caro para os frigoríficos e a tendência é se reformar mais ainda em novembro (Arquivo/Agência Brasil/Agência Brasil)

Com o boi Cepea rompendo os R$ 170,00 na quinta, mais que se confirma a @ firme acima dos R$ 175,00 em São Paulo, de animais comuns, já que o indicador da Esalq está sempre mais baixo que do mundo real, apesar da flagrante melhora das últimas semanas. A entrada do período do pagamento dos trabalhadores, mais a expectativa com o volume de dinheiro extra circulando com parte do 13º, influem nos negócios.

O spread dos frigoríficos fechou outubro com alta de 2,11%, o maior desde junho, quando foi de 4,21% – época com oferta boa, de safra atrasada, e prejudicada pela paralisação das vendas à China pelo episódio da vaca louca. O levantamento é da Agrifatto.

Os compradores precisam de abastecimento garantido, mesmo porque as exportações são crescentes. E novos frigoríficos habilitados à China, demandando mais matéria-prima.

Tudo cercado de quase nenhum pasto. Boi de confinadores e de semi-confinadores sai mais caro nessa época. Animais das águas vão demorar muito mais na atual temporada, coisa para janeiro em diante.

Oswaldo Furlan, um dos coordenadores do Grupo Pecuária Brasil (GPB), postou no grupo da AgroAgility boi com negócio a R$ 180,00, anunciado no Balizador do GPB. Mesmo sendo com prêmio China mostra que o aquecimento é forte.

Também houve relato de boi abatido hoje no Mataboi de Santa Fé a R$ 160,00, bem acima da referência da Scot também da quinta para Goiás. Nesta sexta (1), a empresa traz R$ 153,50 média de Goiânia e também, pelo segundo dia, alta em São Paulo, de R$ 167,00 (cash), livre de Funrural.

Goiás e São Paulo ainda estão com escalas de sete dias, de acordo com a Agrifatto, apesar do aperto que os frigoríficos estão tendo com os preços praticados. Escalas mais curtas no Mato Grosso do Sul, Tocantins, Pará e Rondônia.

Por Giovanni Lorenzon / Money Times