Creio que ao falar isso a céu aberto a vereadora coloca em dúvida o trabalho da presidência, faz críticas ao comportamento da mesa diretora, ofende os parlamentares que não rezam a sua cartilha e ao público mostra que – a sujeira que lá habita está sendo empurrada pra debaixo do tapete, se é que de fato existe. Ou eu estou enganado.
Corajosa e convicta no que está falando e escrevendo, sua narrativa tem que ser levada a sério, do contrário a Câmara vai estar concordando com as acusações e ao mesmo tempo tornando-se omissa, além de prevaricar e negligenciar, pois a bem da verdade não falou se “a sujeira” referida, é fruto do preconceito, atos de corrupção, leviandades. Que se comprovem tais atos, pois se isso não ocorrer logo a população poderá entender como sendo holofotes para um aparecer midiático em início de carreira, já que é seu primeiro mandato.
Dito ou não dito grande parte dos vereadores está num mato sem cachorro, no entanto, pelo que conhecemos, o Boi – Aluísio Braz, não vai deixar barato, pelo seu comportamento ético; como presidente tem o dever e obrigação de preservar a idoneidade do Legislativo e os princípios históricos de um Poder Legislativo, que consideramos pilar da democracia e vertente que sustenta ao lado do Executivo e do Judiciário, a nossa constituição.
A mesa, da qual faz parte o próprio PT, deve imaginar que enquanto bancada de um partido, também não pode compactuar com os desmandos e as mazelas se é que existem. E os demais, pelo menos 11 vereadores considerados por Filipa como sendo LGBTfóbicos que expliquem o que ela – Filipa quer dizer com a sujeira. E nós, de todos, exigimos explicações, pois a Câmara é paga com recursos provenientes de impostos.
*Ivan Roberto Peroni, jornalista e membro da ABI, Associação Brasileira de Imprensa
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