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A Ferroviária saberá aproveitar as mudanças da CBF?

Por Adilson João Tellaroli

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A CBF divulgou o calendário do futebol brasileiro para o ano que vem. Poucas mudanças, a mais significativa, no Campeonato Brasileiro da série D. Serão agora 26 datas ao invés de 16 e o número de clubes aumenta para 64. Será a chance de muitas equipes do futebol paulista, onde a concorrência por uma vaga é mais acirrada. Poderíamos dizer que haveria uma chance maior para a Ferroviária, caso o clube de nossa cidade já não estivesse classificado por antecipação. Mas no futuro…

Apesar desse aspecto positivo, a entidade que rege o nosso futebol ainda está longe de atender os reais interesses de clubes e torcedores. No ano que vem, teremos a disputa da Copa América em pleno desenvolvimento do Campeonato Brasileiro da série A e sem interrupção, segundo o calendário.  Enquanto na Europa, os campeonatos são interrompidos para que tenhamos as disputas extras, aqui os times que costumeiramente brigam pelo título nacional, serão mais uma vez desfalcados com a convocação da seleção brasileira, porque a bola não vai parar de rolar. Um absurdo!

Mas voltando ao Brasileiro da série D, a nova fórmula prevê mais jogos, mais viagens. Será preciso um planejamento melhor por parte dos clubes e nesse aspecto, fica o alerta para que a direção da Ferroviária não venha a incorrer nos mesmos erros, ou seja, monta um bom time para o Paulistão e desmancha tudo para o Brasileiro. Claro que o mais importante é se manter na divisão principal, mas desde que surgiu a chance no campeonato nacional, o clube tem deixado de aproveitar. Fez campanha pífia nos dois anos, exatamente porque desmontou o elenco. A alegação é sempre a mesma, custo e assédio de outras equipes.

Quem sabe agora com calendário mais extenso, tenhamos a mudança de planejamento, tão reclamada pelo torcedor. Caso contrário não valerá a pena o “esforço” da CBF para contemplar os times pequenos. Enfim, a extensão da série D, é uma mudança ótima para a Ferroviária, com mais chance de subir para a série C, desde que ela repense os erros e saiba aproveitar. O futuro nos dirá!

Adilson João Tellaroli – “bola branca”

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