O valor das exportações do setor atingiu o recorde de US$ 14,53 bilhões em março de 2022, resultado do aumento de preços em 27,6% e do volume exportado, em 1,4%.
Com relação à produção nacional, projeção mais recente da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) indica um volume recorde de 270,2 milhões de toneladas, 851 mil a mais que a previsão de abril/2022 e 5,7% superior ao de 2020/2021. Esses dados demonstram um melhor desenvolvimento do ciclo de lavouras, sobretudo do arroz, milho e soja.
O Brasil foi relativamente favorecido pelo aumento dos preços das commodities. O país deve bater recordes de exportações neste ano.
A produtividade é a chave para o bom desempenho do setor. De 1995 a 2021, o crescimento médio de produtividade por hora trabalhada no agronegócio foi de 5,6% ao ano, de acordo com o levantamento feito pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Em 25 anos, o maior crescimento da produtividade do trabalho no agronegócio ocorreu no período de 2007 a 2014, de 7,5% ao ano.
No período de 2016 a 2021, a produção física de bens de capital agrícolas e peças cresceu 3,9% e 7,3% ao ano, respectivamente, segundo estudos do CEMEC (Centro de Estudos do Mercado de Capitais), da FIPE (Fundação e Instituto de Pesquisas Econômicas da USP), com base em dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
Ademais, o agronegócio é um dos setores da economia brasileira que possui maior potencial de desenvolvimento com a implementação do 5G, segundo estudos de consultorias internacionais.
A expectativa é o que o agro seja responsável por 25% da demanda brasileira por 5G em dez anos. A tecnologia de quinta geração poderá ser utilizada em tratores autônomos com geolocalização, drones para pulverização de plantios, softwares com inteligência artificial que melhoram o desempenho e cuidado dos rebanhos, entre outras aplicações.
Com relação à produção de carnes, o Brasil é peça-chave para a garantia da segurança alimentar da cadeia do agronegócio. Somos o segundo maior produtor mundial e, se mantivermos as projeções, o Brasil ultrapassará os Estados Unidos e se tornará o primeiro produtor mundial.
*Michel Abdo Alaby, é consultor de Comércio Exterior da Associação Comercial de São Paulo e colabora com o RCIA Araraquara
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