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Amizade e política não se combinam: alguém vai querer levar vantagem

Por Sônia Maria Marques

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A morte do advogado Augusto da Silva Filho no final de outubro nos leva a uma série de reflexões sobre amizade e política, fatores que ligavam o ex-prefeito Valdemar De Santi a uma série de amigos em nossa cidade.

Augusto, como era conhecido, foi um dos grandes companheiros de De Santi; chegou a exercer importante cargo na diretoria da antiga Companhia Troleibus Araraquara e politicamente, defendia as prerrogativas do grupo que administrou a cidade por longos anos.

As sextas-feiras sua presença estava garantida ao lado do prefeito no chamado “Almoço com as Estrelas” que reunia os amigos mais próximos do ex-prefeito no Restaurante do Cidinho, na Vila Xavier. Do encontro participavam regularmente mais de 10 pessoas onde era expressamente proibido se falar de política.

Assim, Carlos Alberto Manço, Feiz Mattar, Augusto da Silva Filho, Reginaldo Galli e tantos outros que chegaram, como o publicitário Lineu Carlos de Assis, foram mantendo posição firme na relação dos convidados, sabendo contudo que política e amizade não deveriam se misturar naquele lugar. Foi assim que o companheirismo se manteve entre eles.

Atualmente a política vem acabando com amizades, permitindo que os interesses suprapartidários assumam posição de vanguarda em detrimento de benefícios individuais e coletivos, às vezes até mesmo familiares. Tudo pela prática do se levar vantagem em tudo. Pois é…

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