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Entre aproveitamentos e invencibilidades, a Ferroviária está fazendo história

Por Rafael Zocco

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A impressionante campanha da Ferroviária na temporada e, principalmente, no Brasileiro da Série D, tem chamado a atenção com os feitos históricos obtidos até aqui.

Claro que estamos falando de uma equipe que ainda está na primeira fase de disputa e com a vaga assegurada à próxima fase, mas nada de acesso ou título, por enquanto. Deixamos isso de lado e vamos falar sobre a campanha em si.

Na quarta divisão nacional, a equipe obteve nove vitórias, dois empates e apenas uma única derrota nos 12 jogos disputados. O revés aconteceu na estreia, para o Uberlândia, por 3 a 0, em um jogo que não foi em Araraquara, mas em Sorocaba, por conta da reforma que aconteceu no gramado da Fonte Luminosa.

O aproveitamento é de 80,6%, a segunda melhor, apenas atrás do Castanhal-PA. Foram 20 gols marcados e apenas três sofridos. É a melhor defesa entre os 64 clubes participantes.

E o que tem chamado a atenção aqui é a sequência, tanto de invencibilidade, quanto de gols não sofridos também neste período: 11 jogos. Desde a derrota para a equipe de Poços de Caldas, Saulo e Wagner não sofreram mais gols. E oportunidades não faltaram aos adversários, que chegaram perto nos últimos duelos.

Contra o Boa Esporte, na Fonte, Wagner foi o encarregado de suprir a ausência de Saulo, que cumpria suspensão pelo terceiro cartão amarelo. O time mineiro teve um pênalti ao seu favor já no início dos acréscimos da segunda etapa, mas o goleiro grená brilhou, espalmando a cobrança e ainda contou com a sorte com a bola explodindo no travessão na sequência.

Outro sufoco foi contra o Rio Branco de Vitória, novamente na Fonte. A Locomotiva escapou por pouco de ter sua defesa vazada. Foram duas bolas no poste do gol do “Ferrão do fundo”. Sorte e competência fazem parte de um time que tem se mostrado sólido até aqui.

Saulo, em 10 jogos, conseguiu entrar para um hall de grandes goleiros que não sofreram gols em quase 1.000 minutos, deixando claro que não só ele, mas o setor defensivo está dedicado e focado no objetivo que é simplesmente não tomar gols, não por marcas, mas que possam causar um revés.

Tudo isso citado jamais aconteceu na história do clube. É raro. Marcas são consequências de um trabalho. Nada do que a Ferroviária fez terminou ainda. Não devemos nos vangloriar, mas sim enaltecer o trabalho que está sendo feito. Um time dedicado e que quer cumprir o seu principal objetivo, que é o acesso.

Um título pode ser a consequência de um trabalho. Devemos acreditar, não questionar o que tem dado certo.