Mas há coisas difíceis de aceitar, como a venda pura e simples de patrimônio público esportivo. Ademais, outras situações parecem fugir à ordem natural das coisas.
O município tem uma determinação do ministério público para realizar obras de emergência no teto do Gigantão, até porque quando chove muito, a água infiltra a ponto de já ter estragado parte do moderno piso da quadra. Então o que fez a Prefeitura? A pretexto de não impedir a realização de jogos importantes, reformou o piso a toque de caixa. Seria ótimo se o problema acabasse aí. Mas não. Basta chover (e como tem chovido) o estrago pode se repetir. Na verdade, inverteram a ordem natural das coisas. Que o diga a engenharia!
A Ferroviária fez excelente campanha no Paulistão passado e chamou a atenção de todos, inclusive de conceituado empresário que resolveu investir no clube. Qual a primeira medida? Trocar o treinador, trazendo alguém de sua confiança. Tudo bem, era seu direito. Mas o que parece certo, nem sempre é correto. Todo trabalho de base técnica e tática que existia, foi perdido. Vinicius Munhoz pegou o boné e o substituto ficou uma semana no cargo. Perdeu-se tempo e dinheiro. E não parou por aí, porque às vésperas do campeonato, trouxeram Sergio Soares, sem tempo hábil para montar novo esquema. Contrataram um time inteiro ao invés de trazer jogadores pontuais e de boa qualidade. O resultado todo mundo está acompanhando com preocupação.
E como se não bastasse, surgiu neste início de semana, a notícia da saída do treinador. Deram até o nome do substituto e nada foi confirmado, o que causa ainda mais estranheza. Ou as coisas internas estão vazando ou alguém está minando todo um trabalho, o que é pior. Aliás, todo mundo que conhece um pouco de futebol sabe que a gota d’água para troca do técnico, será o jogo de quinta pela Copa do Brasil. A troca em caso de derrota, seria até natural no mundo futebolístico mas tenho dúvidas se seria a solução.
Feitas essas explicações, voltamos ao parágrafo inicial. As coisas estão invertidas por completo e falta pouco para se instalar o cáos porque me parece estar existindo uma briga de gato e rato num salve-se quem puder.
Sinceramente não é hora se saber quem tem mais poder. É hora de união, de tomada de decisões sérias e responsáveis por parte de mandatários políticos ou não; comandantes e comandados, porque nesse cenário de incertezas, estamos perto de um abismo que vai vitimar Araraquara!
*Adilson João Tellaroli – bola branca
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