São ditados que caíram no esquecimento, em se tratando do futebol pátrio. O “imbróglio” começou quando deixamos de ganhar duas Copas seguidas. Surgiram como sempre os “salvadores da pátria” trazendo outra série de frases plantadas na imprensa e nos vestiários. “O Brasil não ganha porque seu futebol é irresponsável… Não queremos marcar o adversário, só driblar e fazer gol… Precisamos aprender a marcar, reformular nosso esquema tático”!
A partir daí foi um tal de copiar o futebol europeu, sem limites. Esquecemos nossa ginga, nosso improviso, nossa alegria de jogar. Só não copiamos o profissionalismo, a responsabilidade, o gerenciamento, a organização, enfim. O resultado está aí aos olhos de todos, que o digam Flamengo e Santos, praticando um futebol bem brasileiro, priorizando o ataque e dirigidos por técnicos estrangeiros. Parece incoerente mas é a realidade. E se alguém, disser que o time carioca lidera porque investiu na compra de craques, quero lembrar que o time do Santos, comparando nomes, é inferior a Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Grêmio Cruzeiro e tantos outros. Alguém discorda?
Então qual é a mágica? Nenhuma, eles apenas priorizaram atacar, transformaram a tal ”posse de bola” em algo objetivo na direção do gol e não essa coisa modorrenta que chega a dar sono no torcedor. A seleção brasileira é o exemplo mais cristalino da atual situação. Jogadores tidos como craques, estão rendendo pouco, porque Tite transforma o jeito deles jogarem. Atuam de uma maneira na Europa e de outra na seleção do Brasil.
Chega desse futebol preso, medroso. Liberem o improviso, a busca do gol, que é o objetivo maior do futebol. E principalmente não violentem os meninos que estão começando nos times da base, com táticas defensivistas. Vamos dar liberdade em campo para que o verdadeiro futebol brasileiro volte a aflorar. Nossa cópia europeia era “pirata” e com o passar dos anos, perdemos a “garantia”, ficamos obsoletos, viramos robôs da bola como os europeus do passado. Mudemos já, pois pelo andar da carruagem, Copa do Mundo para o brasileiro, vai virar pesadelo por muitos anos.
OBS: O título de cidadão benemérito concedido a Ivan Roberto, não é apenas o merecido reconhecimento pelo seu trabalho. É um prêmio a todos nós que fazemos do jornalismo, uma batalha diária em busca da justiça, para tentar melhorar a vida das pessoas. Parabéns amigo!
Adilson João Tellaroli – ” bola branca”
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