Difícil compreender essa atitude vinda de pessoas que se intitulam “gente do campo”, pois estes conhecem o trabalho árduo, de lida diária e contínua, para ver se lá na frente, se obtém algum resultado, independente de sermos pequenos, médios ou grandes produtores. “O Agro é um só” como tão bem esclarece a Ministra Teresa Cristina.
A agricultura é uma atividade que demanda médio e longo prazo de resposta e depende de condições de solo e clima e do cenário econômico do seu país.
O agricultor para empreender todas as etapas da sua produção precisa contar com um conjunto de medidas econômicas que se mantenham constantes que, demonstrem solides durante o tempo que, sua cultura demanda e a economia só se mantém estável para podermos empreender bem, se houver um relacionamento minimamente equilibrado da nossa moeda com ambiente internacional e as nossas exportações garantem parte de todo esse processo.
Então, é preciso explicar pra essas pessoas que foram pichar o patrimônio da APROSOJA que, são os produtores de soja, cana-de-açúcar, milho, carne e outros itens, em parte exportados, que ajudam a garantir a possibilidade de diversas formas de crédito para todos os agropecuaristas brasileiros e colocam sim, comida no prato dos brasileiros e contrariamente ao que disseram, promovem o combate a fome. Mas, para alimentarmos mais pessoas é preciso crescer na produção e não crescemos sozinhos, somos sempre ajudados uns pelos outros, em nossas próprias comunidades e nas internacionais.
Estamos, atualmente,vivendo um tempo de intolerâncias, violências físicas e simbólicas, crise de valores que, dizem respeito especialmente ao universo da política, justamente ela que, deveria ser um recurso para se constituir uma vida digna, de bem- estar e cidadania para todos.
Então, acreditamos que seria um benefício para o coletivo brasileiro que, todos os integrantes desses movimentos como a Via Campesina, Movimento dos trabalhadores rurais sem terra – M.S.T. e outros movimentos filiados que, continuem unidos sim, se fortalecendo mutuamente, mas não para destruir o que existe e sim para buscar melhor formação para seus jovens, através do conhecimento vindo talvez do SENAR, SENAI que, garantem de forma acessível capacitação a esses jovens que podem ainda desenvolver outras competências como autoconhecimento, consciência social e capacidade de resolver desavenças de forma pacífica.
Assim, eles estarão mais aptos a lidar com problemas e crises, respeitando as diferenças e promovendo mudanças que podem ampliar oportunidades para todos e não expandir desigualdades.
*Maria Emília Souza Taddei, é empresária do agronegócio, associada do Sindicato Rural e integrante do Grupo Mulheres do Agro Araraquara
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