A torcida afeana viveu semanas angustiantes e uma enorme expectativa, que acabou dando certo. Afinal a diretoria esperou e apostou tudo nesse nome. Cá entre nós, os dirigentes não iriam esperar tanto tempo na incerteza, pelo menos é o que indica o bom senso. Certamente alguma coisa bem concreta havia sido costurada antes do anuncio oficial.
Agora que temos o técnico, urge correr atrás do prejuízo. Sim, porque a Ferroviária perdeu pelo menos vinte dias de janeiro. O treinador começa a trabalhar oficialmente, faltando 25 dias para a estréia no Paulistão, exatamente contra a equipe onde ele começou a carreira como treinador. Espera-se que esse tempo perdido não venha fazer falta lá na frente e que o entrosamento com o novo esquema tático, seja mais rápido do que costumeiramente ocorre.
Por outro lado, será preciso que os dirigentes deixem o técnico Pintado trabalhar à vontade na montagem da equipe. Temos a base, é verdade, mas alguns reforços pontuais precisam ser contratados, não para disputar posição, mas para assumirem postos de titulares. É condição ímpar, dada a premência de tempo que o treinador indique jogadores e não receba o “prato pronto” como tem ocorrido nos últimos tempos e causado a troca sucessiva de comandantes.
Enfim, agora as cartas estão praticamente sobre a mesa e será preciso muito trabalho e competência em todos os setores. O futebol na sua falta de lógica, muitas vezes não perdoa um mau planejamento e é contra esse risco que a Ferroviária tem que direcionar todos os seus esforços.
*Adilson João Tellaroli – conhecido como “bola branca”, é jornalista esportivo e faz parte do Portal RCIA
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