Os clubes são associações sem fins lucrativos. Pelas propostas do Senado e da Câmara, eles se tornariam uma espécie de Sociedade Anônima. Apesar do apoio à iniciativa, o governo não irá obrigar ninguém a mudar, mas daria estímulos aos clubes, a exemplo do que ocorre no futebol europeu. Paralelamente seria criado um fundo para resgatar do prejuízo, clubes em insolvência irreversível. Quem aderir receberia ainda benefícios para equalização de dívidas fiscais através da recuperação judicial. É inegável que grande parte dos grandes clubes, contraíram dividas eprejuízos enormes. Está aí o Cruzeiro que não nos deixa mentir.
Alguma coisa realmente tem que ser feita na gestão do nosso futebol para evitar inclusive a saída prematura de jovens valores para o exterior. Temos exemplo caseiro. A Ferroviária se tornou um clube de acionistas e tem negociado jovens com relativa pressa, pois todo mundo quer recuperar o que investiu. O resultado é o desmonte do time a cada seis meses, perdendo identidade com a cidade. Não nos parece correto.
A ideia do clube-empresa é boa, porém será preciso atentar para o importante aspecto da gestão e fiscalização. Mais dinheiro na mão, pode significar uma maneira mais fácil de desvio, aplicações errôneas, negócios mal feitos, se não houver regras claras.
Enfim, vamos esperar o que nossos políticos irão trazer de contribuição para o nosso empobrecido futebol, que de profissional tem muito pouco! Será que sai Gol?
Adilson João Tellaroli – “bola branca”
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