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Praça de Santa Cruz, pouca vergonha acobertada pelas nossas autoridades

Por Ivan Roberto Peroni

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Lamentavelmente a Praça de Santa Cruz, outrora um dos cartões portais de Araraquara em plena região central da cidade, se transformou nestes últimos tempos em verdadeiro pardieiro. Chiqueiro a céu aberto durante o dia e a noite concentração de vagabundos, drogados e pingaiadas, ocasionando incomodo aos comerciantes e às pessoas.

Se antes a Praça de Santa Cruz era ponto de reuniões e encontros familiares, agora pela irresponsabilidade do Poder Público vive seus piores dias com desocupados infernizando a vida do comerciante e das pessoas, depondo contra a postura social da comunidade pela falta de fiscalização, segurança, higiene e decência.

Não se concebe esse desleixo dos órgãos competentes que se sentem amarrados por direitos banais, quando na verdade, desocupados deveriam ser enquadrados por vadiagem. Não se dá amparo ao trabalhador, lojista, comerciante, o vendedor de lanches; não há respeito aos que usam aquela praça para o trabalho, tão pouco o lazer.

Uma enorme preocupação do Poder Público e dos órgãos de segurança e justiça em preservar a integridade e a vagabundagem dos desocupados, com o uso do lema – questões sociais; ao mesmo tempo, o desrespeito às pessoas de bem que perdem seu poder de venda, pois quais pessoas têm coragem de enfrentar aquele cenário dantesco, expondo sua vida aos riscos da importunação se não há segurança.

Me desculpem as autoridades de Araraquara, mas os vejo de costas viradas para um problema que vocês não querem resolver ou têm medo de resolver. Agem de maneira covarde e irresponsável, mas que já teriam resolvido se o antro da perdição fosse em frente das suas casas ou suas lojas.

É hora do Ministério Público agir, intervir em uma situação que está acabando com o comércio e o direito do cidadão de bem – ir e vir. Não é só a bebida e a droga que contribuem com esse circo dos horrores: o lugar foi transformado em motel ambulante com a prática do sexo de maneira livre, de brigas na base das facadas e pauladas, da gritaria e do incomodo que já não sensibiliza a Polícia Militar e a Guarda Municipal a estarem lá, botando ordem no galinheiro.

Prefeitura foi alertada para o problema, a Câmara Municipal teve sua atenção chamada pelos comerciantes, a Polícia já foi cientificada, a Secretaria de Assistência Social finge desconhecer as ovelhas desgarradas. Ora o quê estão fazendo com Araraquara? Vamos dar um basta nessa pouca vergonha da qual nós estamos sendo cúmplices. Nós vamos encher o saco daqueles que têm o dever de zelar pela cidade e não zelar pelo espetáculo deprimente que vimos no sábado à noite.

*Ivan Roberto Peroni, jornalista e membro  da ABI, Associação Brasileira de Imprensa

**As opiniões expressas em artigos são de exclusiva responsabilidade dos autores e não coincidem, necessariamente, com as do RCIARARAQUARA.COM.BR