Ora, os sindicatos de trabalhadores são, por essência, instituições criadas para compensar o poder dos empregadores na relação contratual, sempre desigual e reconhecidamente conflituosa, entre o capital e o trabalho. Procede, aqui, lembrar as palavras de Max Weber: “Neutro, é quem já se decidiu pelo mais forte”! Ou seja, optar pela neutralidade numa luta entre adversários, é fazer o jogo do patrão e trair os trabalhadores. Afinal, o que Max Weber está dizendo, é que nunca vai existir neutralidade em quaisquer relações humanas, principalmente entre o capital e o trabalho.
Moral da história: a função das elites da Casa-Grande, dona do capital, é usar a força de trabalho de seus empregados de forma a obter o maior lucro possível. E isto se consegue pagando um mal salário para o trabalhador e deixando de criar condições dignas de trabalho para ele. Já a função do sindicato dos trabalhadores, é não aceitar essa realidade e lutar firmemente para reverter esta situação e extrair do capital, no mínimo, salários justos. Esta não deixa de ser uma luta política por melhores condições de vida.
(*)Endrigo Zapata é pedagogo, produtor cultural, ligado aos Movimentos Sociais dos Trabalhadores Rurais e escreve para o RCIA ARARAQUARA.
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