O sólido processo de captura dos votos e validação das informações, mediado pela tecnologia, garante a rapidez e a segurança nas apurações das eleições, ou seja, é uma soma de atributos que no conjunto dá confiança a essa atividade. Porém é muito comum associar e atribuir aos aparatos técnicos, neste caso as urnas eletrônicas, a obrigação como sendo a tecnologia “per se”.
O processo eleitoral é um dos inúmeros exemplos onde as tecnologias resolveram ou minimizaram os problemas do nosso cotidiano. As tecnologias e, em especial as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) redimensionaram o espaço global com a instantaneidade das trocas e a fluidez das informações. Interação, compartilhamento, controle e comunicação são atividades cotidianas feitas com o uso das tecnologias, propiciando agilidade e confiança. A mediação das atividades humanas com o uso e onipresença das tecnologias mudou as relações sociais e uma nova ordem cultural surgiu a partir desse uso intensivo.
Nesse sentido, os elementos tecnológicos, físicos ou digitais, foram sendo integrados às culturas, não sendo possível, no atual nível, desassociá-los. As urnas eletrônicas são um exemplo evidente dessa associação. A confiança propiciada pela segurança, solidez e agilidade no processo eleitoral consolidaram a estrutura cultural da nossa sociedade com os valores éticos e morais, que são basilares da democracia brasileira.
A urna eletrônica é orgulho nacional– propiciado pela vanguarda tecnológica. Coesão social – advinda da captura da vontade popular. Ordem política– seu resultado jamais foi contrariado. E unicidade nacional – evento simultâneo em todo o país. Diante disso, temos que enaltecer esse patrimônio e símbolo cultural da sociedade brasileira e a tecnologia se colocam no seu papel de ser o meio pelo qual essa atividade acontece.
(*) Sergio Sgobbi é Administrador, diretor de Relações Institucionais na Brasscom Associação Brasileira das Empresas de TIC e escreve para o RCIA ARARAQUARA.
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