Antes, a visibilidade dada ao motorista, observando o usuário sair, era muito maior; da mesma forma, a subida de passageiros oferecia maior segurança sendo ela feita pela porta traseira. Acompanhando as imagens do sistema de monitoramento se vê claramente que a mulher ainda está na escadinha, o ônibus sai, ela perde o equilibrio, é supostamente arrastada e se estatela no chão.
Este é um ponto a ser discutido quando se busca naturalmente dar ao passageiro segurança plena, contudo, se observa entre ontem e hoje que há uma acentuada diferença no comportamento e na qualidade dos profissionais que estão no volante. Uns mais, outros menos apressados. Temos que entender ainda o tempo necessário para um jovem descer e um idoso se locomover. Os segundos não são iguais, daí a cautela do motorista. Ela inexiste por conta do cumprimento de horários.
Nestes últimos anos, ambas as empresas Cruz e Paraty, não têm se preocupado tanto, quanto a antiga CTA com a perfomance dos seus motoristas, tão pouco com o estado de conservação dos seus veículos. A Prefeitura Municipal que, através do seu órgão competente, a Coordenadoria, deveria exercer uma rígida fiscalização tem seus olhos vendados, não faz, nem age. Há o instinto da camaradagem entre as amarras de que tudo está perfeitamente em ordem.
Felizmente, pelo menos por enquanto, a mulher está bem e vamos torcer para que se recupere, no entanto o estado traumático de um acidente deve ser analisado e levado em conta, pois como diz o prefeito – vida é importante, salvar vidas é importante, matar pessoas jamais.
*Ivan Roberto Peroni, jornalista e membro da ABI, Associação Brasileira de Imprensa
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