Araraquara enviará a maior quantidade de escorpiões para o Instituto Butantan nesta sexta-feira (29/1). São 1.282 escorpiões – a maioria é de escorpiões amarelos – que foram capturados em Araraquara e outros municípios da região. Segundo Marcelo Roldan, agente de combate a endemias, somente na noite de quarta-feira, em um breve trabalho noturno de busca ativa no Cemitério São Bento, foram capturados 92 exemplares.
“Quando capturados vivos, são mantidos aqui no Centro de Controle de Fauna Sinantrópica de Araraquara e encaminhados ao Instituto Butantan para a produção do soro utilizado no tratamento de complicações de acidentes envolvendo picadas desta espécie”, explica Roldan. Também seguirão para São Paulo alguns exemplares de cascavel, caiçaca, urutu e coral.
ESCORPIÃO AMARELO
Principal espécie que causa acidentes graves, com registro de óbitos principalmente em crianças, o escorpião amarelo possui as pernas e a cauda amarelo-claro e o tronco escuro.
Roldan acrescenta que o escorpião amarelo (Tityus serrulatus) é uma espécie que se adapta bem ao meio urbano e se autofecunda com facilidade em ambiente com umidade e comida.
Sua reprodução é partenogenética, na qual cada mãe tem aproximadamente dois partos com, em média, 20 filhotes cada por ano, chegando a 160 filhotes durante a vida.
De acordo com Roldan, eles são encontrados comumente em galerias de água, calhas e redes de eletricidade e têm uma estratégia de sobrevivência peculiar, com um sensor químico que os ajudam a perceber alterações no ambiente. Assim, os venenos aplicados para matá-los acabam tendo mais a função de desalojá-los.
Banheiro, cozinha e área de serviço são os locais com as maiores incidências desses escorpiões nas residências. “A melhor maneira de evitá-los em sua casa é utilizar ralos modernos com redes e telas nas telhas”, conclui.
