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Araraquarenses condenam placas na vertical adesivadas em postes

“Nunca vi placa de cabeça para baixo! Como é que pode? A pessoa tem que deitar para ver. Vai ter gasto com pomada para torcicolo”,  disse morador do Adalberto Roxo; Prefeitura diz que “se trata de um novo conceito de placas de sinalização com boa visibilidade e custo mais baixo”

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População estranhou as placas na vertical

Moradores da Zona Norte de Araraquara estão tendo que torcer o pescoço, tombar a cabeça e fazer certo malabarismo para conseguir ler as novas placas que estão sendo instaladas na cidade. Serão 400 unidades com denominações de logradouros nesse primeiro lote, que custaram R$ 22.664 aos cofres públicos.

A colocação das placas, feitas com um material plástico adesivado, teve início nesta semana. Segundo apurado pela reportagem do Portal RCIA, a inovação não tem sido bem aceita pela população.  Antonio Barroso, que reside na Av. Silvio Silva, no Jardim Adalberto Roxo, disse: “Nunca vi placa de cabeça para baixo! Como é que pode? A pessoa tem que deitar para ver. Vai ter gasto com pomada para torcicolo”, brinca.

Pelas redes sociais, a maioria das pessoas também criticou o novo visual das placas. Toninho Oliveira comentou: “Que mentalidade de quem planejou essa porcaria… isso é quebra galho de porco”; Márcia Possi acha que elas deveriam ser instaladas da forma tradicional: “Colem nas casas da rua e das avenidas como eram antigamente! As de folhas de zinco, acho. Na horizontal!!!”

Já Fernando Lopes avalia que toda sinalização indicativa e informativa é bem-vinda. “O ser humano tem rejeição à mudança. Quanto às placas, antes isso do que nada.”

Gostando ou não, fato é que elas já estão nas ruas, fixadas nos postes. E a cidade poderá adquirir outros lotes: até 800 placas por mês durante um ano, segundo as diretrizes do pregão para a contratação da empresa.

A Coordenadoria Executiva de Mobilidade Urbana afirma que a instalação de 400 novas placas de denominação de logradouros, que está sendo realizada pela empresa Comunicação Visual Monte Alto Ltda, visa atender a carência por placas com nomes das ruas em muitos bairros da cidade. Em relação às placas na vertical, se trata de um novo conceito de placas de sinalização com boa visibilidade e custo mais baixo, devido ao material utilizado. “São modelos que já vêm sendo adotados em outros municípios”, informou por meio de nota. O trabalho começou pela zona norte do município, no Jardim Roberto Selmi Dei.

O Portal RCIA lançou nesta semana uma enquete para saber a opinião das pessoas sobre esse novo conceito. A pergunta foi: “Você acha que está correto a instalação de placas de rua com a identificação na posição vertical e não mais na horizontal, como manda a tradição?” Com 75% até a tarde desta sexta-feira, a reposta que está na frente é “Não, pois o nome na vertical dificulta a leitura, principalmente para deficientes visuais”, seguida por “Tanto faz, vertical ou horizontal”, com 25%. “Sim, pois é preciso inovar” não obteve voto algum até o momento.