A atual gestão de Araraquara, liderada pelo prefeito doutor Lapena, enfrenta um grave desafio financeiro: dívidas isoladas e de longo prazo que, juntas, somam R$ 1,1 bilhão, herdadas da administração do ex-prefeito Edinho Silva (PT). A informação foi passada pela assessoria do prefeito que assumiu a administração pública no primeiro dia de janeiro.
Na verdade, os números considerados alarmantes por Lapena foram apresentados pelo secretário de Planejamento e Finanças, Roberto Pereira, durante audiência na Câmara Municipal na noite desta sexta-feira (21). Na ocasião, ele detalhou a composição desse passivo, que impacta diretamente a capacidade de investimento da cidade e exige medidas urgentes para a recuperação das finanças públicas.
A dívida inclui R$ 212 milhões em obrigações de curto prazo, R$ 562 milhões em débitos de longo prazo, R$ 60 milhões em serviços contratados ainda não executados, R$ 195 milhões em processos judiciais que podem agravar ainda mais o rombo financeiro e R$ 42 milhões em despesas não empenhadas, as “pedaladas fiscais”. Destaca-se que 75% das pedaladas são da área da Saúde, administrada por Eliana Honain. Diante desse cenário, o governo Lapena adota medidas enérgicas para contornar a crise e impedir que a cidade entre em colapso financeiro.
“Sabemos da gravidade da situação, mas não vamos nos abater. Nosso compromisso é reorganizar as contas e garantir o funcionamento dos serviços públicos, declarou o prefeito Lapena.
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A administração atual busca apoio também do governo estadual para levantar recursos e fortalecer os cofres municipais. A estratégia também passa pela revisão de contratos, corte de gastos supérfluos e uma gestão mais eficiente dos tributos municipais.
“Nosso foco é garantir que a cidade tenha condições de se recuperar. Já estamos articulando projetos e obras com o governo estadual para viabilizar investimentos que possam aliviar as contas e permitir a continuidade das melhorias , reforçou Lapena.
A atual gestão também pediu o apoio da Câmara Municipal para aprovar medidas que garantam o saneamento das finanças e permitam a retomada do crescimento da cidade. Segundo o prefeito, a reconstrução de Araraquara exige compromisso e responsabilidade, sem que cada decisão seja politizada.
Apesar dos desafios impostos pela dívida herdada, a administração demonstra determinação em enfrentar a crise e trabalhar por um futuro mais equilibrado e próspero para Araraquara.