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Moisés Lucena, de volta ao mundo colorido da infância

Araraquarense, Moisés Lucena, gerente geral da Record News de Araraquara, com 42 anos, ainda conserva um olhar de criança diante da sua coleção de gibis da Marvel, especiais da Disney e obras de Maurício de Souza sem contar os personagens em miniatura que fazem parte da decoração de sua sala na emissora.

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O colecionador mostra uma das peças que guarda com muito carinho

Moisés começou sua coleção aos sete anos, com gibis da Disney e no final de 1987 comprou seu primeiro gibi da Marvel; até hoje não mais parou de comprar. Ele diz também que a última vez que contou a coleção, 15 anos atrás, tinha mais de cinco mil exemplares. Lembra que quando seu filho Henrique nasceu, deu muitos exemplares, pois precisava de espaço para montar o quarto do bebê.

Em sua mesa de trabalho no dia da entrevista havia uma nova edição de Conan – O Bárbaro, que ele disse que sua esposa Estela Costa de Lucena o mataria quando soubesse que tinha começado outra coleção.

De um lado, Zé Carioca apelido do papagaio José Carioca. É um personagem fictício desenvolvido no começo da década de 1940 pelos estúdios Walt Disney. Ele é retratado como o típico malandro carioca, sempre escapando dos problemas com o “jeitinho” característico. Do outro lado, O “Clube Marvel Super Heróis” que chegou em 1967, pela TV Bandeirantes (São Paulo), TV Globo (Guanabara-RJ), TV Gaúcha (Porto Alegre) e TV Jornal do Comércio (Recife), sob o título de “Super-Heróis Shell”, pois eram patrocinados pelos postos de gasolina. No programa eram exibidos os primeiros desenhos animados da Marvel no Brasil (ou os “desenhos desanimados” como são carinhosamente relembrados hoje devido a uma animação simples e limitada).

Anteriormente tinha um quarto só para suas coleções em casa. Brincando, comenta que a esposa Estela é uma santa por aguentar suas manias de colecionador, “ela acha que é muito dinheiro jogado fora, mas sempre que está em algum lugar e vê um gibi ou um personagem em miniatura diferente, me liga para perguntar se quero que ela compre, por fim acaba me ajudando”- sorri.

Em miniaturas da Marvel, Lucena tem 150 peças de ferro, outras 30 das maiores que segundo ele são as mais caras. Além do valor financeiro, essas miniaturas guardam um sentimento ainda maior para quem coleciona. A mais barata custa em torno de R$ 70 reais, algumas numeradas vão de R$ 400 a R$ 1.000 reais. “Hoje essas peças se transformaram em obra de arte, gostaria muito de me presentear com a do Wolverine enfrentando o Fanático na escadaria, mas esta custa em torno de R$ 12 mil, por enquanto ainda não da” – afirma com olhar de quem logo comprará.

Sua imensa coleção a sete chaves

No aparador de sua sala um Baby Groot tem lugar especial. Ganhou de um amigo do futebol que conhece a adoração de Moisés Lucena pelos personagens da Marvel. Em síntese quando o primeiro Guardiões da Galáxia foi lançado, os fãs se apaixonaram pelos personagens da equipe, contudo, um deles ganhou um lugar especial no coração de todos: Groot. No final do filme, a adorável árvore gigante morre, mas um de seus galhos é plantado e eis que então nasce Baby Groot, um personagem adorável até para quem não coleciona.

Henrique, filho de Moisés e Estela, aos dois anos já conhecia os personagens da coleção e hoje aos quatro anos, se interessa pela história de cada um deles. O pai conta orgulhoso que o garoto sempre quer que ele narre a história de cada um, tendo preferência pelos menos famosos.

Ao certo o fruto não cai longe do pé e o garoto já começou a colecionar Ben 10, que se trata de um garoto de 10 anos de idade que descobre um dispositivo mágico que pode transformá-lo em 10 heróis alienígenas diferentes, cada um com habilidades únicas. Com esses poderes, o menino ajuda as pessoas e combate malfeitores.

Família reunida para a entrevista: Moisés Lucena, a esposa Estela, os filhos Giovanna e Henrique, num mundo de sonhos

Diz também que sua filha Giovanna, hoje com 15 anos, nunca quis colecionar nada, muito embora ele tenha tentado, então está se divertindo com o filho menor que tem também a mesma paixão do pai.

Moises ressalta que o valor que tem sua coleção é inestimável, e que esta será a herança que deixará para a esposa “já vou colocar preço em tudo para deixar adiantado” brinca ele.
“Tenho edições históricas de 1950, a edição de número 1 do Pato Donald que encontrei em um sebo, existe um mercado muito grande para isso, penso que será uma bela herança que ela pode vender e se livrar de tudo” – ri ele.

Devido a um programa de cultura pop que a Record News matém em sua programação, Moisés diz que recebe também alguns exemplares que guarda junto à sua coleção, sem contar que ele mantém assinaturas de gibis onde recebe mensalmente cerca de dez, e outros que compra nas bancas. Em uma cobertura para o programa, conseguiu uma foto com Maurício de Souza de quem é um dos maiores fãs.

Os super-heróis estão por todos os cantos