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Após ano catastrófico a esperança é de que a vida vai melhorar

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Torço para que as previsões para Araraquara sejam verdadeiras’, diz Sérgio Luiz Melhado, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Araraquara e Região.

Condominio Volpi

O ano começou com uma boa notícia da Secretaria de Desenvolvimento Urbano. Com base nas aprovações de projetos feitas pela Prefeitura Municipal, nove mil imóveis, entre casas, apartamentos e empreendimentos comerciais devem ser construídos em 2018, em Araraquara. O aquecimento no setor gera expectativa para abertura de vagas na construção civil.

Ciente desses números, Sérgio Luiz Melhado, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Araraquara e Região, em entrevista à RCIA, preferiu adotar um discurso cauteloso, alimentado com pequenas pinceladas de otimismo.

“Falando sobre Araraquara e outras 17 cidades que atendemos em toda região, posso afirmar que tivemos uma queda de 40% de arrecadações em 2017. Muitas pessoas pensam que isso tem relação com a reforma trabalhista. E não tem. O problema foi a falta de obras mesmo”, conta.

Sobre a previsão da Prefeitura, Melhado completa. “Realmente torço muito para que tudo isso seja verdade. Acompanho essas movimentações via imprensa, porém sei da realidade de algumas construtoras de Araraquara, por exemplo. A situação não é boa. Fica difícil acreditar que tudo vai melhorar de um dia para o outro, mas torcemos para que isso saia do papel. Tudo pode mudar com a eleição, também. Essa instabilidade política nos atrapalha e coloca a nossa economia em uma situação extremamente complicada, gerando principalmente insegurança. As pessoas têm medo de investir”, relata.

Se algum setor cresceu no último ano, dentro da construção civil, foi a informalidade, isto é, os famosos bicos. “Também lutamos pelos direitos desses trabalhadores que se dedicam, mesmo sem registro ou outras situações. Não tenho nenhum dado que prove esse aumento, mas sei dele pelas visitas que faço pela nossa região”, finaliza.

LANÇAMENTO DO VOLPI

No ano passado foi lançado na região norte da cidade um dos mais importantes empreendimentos imobiliários dos últimos tempos: o Volpi Residencial, com cerca de 240 lotes em condomínio fechado. Pelo menos 60% já foi comercializado e com a perspectiva de que grande parte das casas sejam construídas já a partir deste ano, comentou Lico Ramalho, coordenador de vendas do Volpi, em dezembro.

IMPACTOS

 

Tamires Brizolari, gerente de Marketing do Atacadão da Construção, não esconde seu otimismo em relação a todos esses possíveis investimentos anunciados.

“Estamos em uma temporada bastante favorável para quem quer construir ou reformar, porque o material de construção apresentou queda nos preços em 2017 e deve se manter assim neste ano. Este é um excelente momento para investir no sonho da casa própria. E 2018 tem tudo para ser um período de crescimento para o setor”, conclui.

Vale lembrar que, para este ano, o Atacadão da Construção abrirá sua primeira unidade em Araraquara. Ela está sendo construída na Rua Napoleão Selmi Dei. A expectativa é que o investimento gere cerca de 50 empregos diretos.

Para Michele Pelaes, coordenadora regional do CIESP, um possível aquecimento do setor influi também na indústria. 

“O Ciesp – Regional Araraquara vê com entusiasmo e torce para que essas informações se concretizem. Todo aquecimento de mercado, por menor que seja, reflete sim, gerando empregos, aumentando a produtividade e alavancando vendas. O desenvolvimento e a capacidade de produção do país estão relacionados diretamente com o crescimento desse setor”, diz Michele.