O curta-metragem “Lágrima Negra Em Pele de Loba”, do diretor araraquarense Guilherme Bonini, venceu a categoria de “Melhor Curta Nacional” na edição 2022 do Festival RibaCine, de Rio Bonito, no Rio de Janeiro/RJ.
“Dedico esse prêmio inteiramente a equipe. Cada um que contribuiu, se dedicou e junto produziu esse trabalho. Foi um prazer inigualável aprender, partilhar e realizar esse projeto junto com cada membro”, comenta Bonini.
O material revela a transformação da bailarina Luzinete (intepretada pela atriz prata da casa Luzinete Sillva), uma mulher que vive a dualidade entre um aprisionamento social interno e a liberdade artística externa.
Ao realizar o trabalho mais importante da sua vida, ela descobre que sua saúde está em risco e seus conflitos são expressos através do corpo e da mente, numa transgressão entre a fantasia e realidade. “Temos uma história que traz questões pessoais em simbologias à reflexões e transformações do ser humano”, completa.
CAMINHADA
Com intensa produção desde 2012, e trajetória que inclui obras apresentadas no Brasil e na Europa, Guilherme Bonini viabilizou o filme “Lágrima Negra em Pele de Loba” por meio de edital premiado pelo Proac LAB 2020.
Após confirmado o projeto, o diretor reuniu parceiros de longa data e pessoas com quem não havia trabalhado. O objetivo dessa mistura foi articular diferentes profissionais, em momentos distintos de suas carreiras, para partilhar aprendizados em meio à vivência coletiva, exercitando a diversidade e a inclusão.
O DIRETOR
Guilherme Bonini nasceu em 1981, em São Paulo. Vive e trabalha no interior do estado, em Araraquara. Ele é diretor cinematográfico profissional, roteirista, montador e produtor. Sua formação acadêmica é de mestre em narrativa cinematográfica / imagem e som pela Universidade Federal de São Carlos – UFSCAR.
O cineasta atua no cruzamento entre o cinema, videoarte, teatro e fotografia. Como desdobramento desse interesse em criar e produzir projetos culturais independentes, criou a Bonini filmes em 2011.
As realizações envolvem diferentes linguagens na elaboração de conteúdo independente. Sempre objetivando contar histórias, a missão do diretor é provocar sensações por meio da imagem, buscando a inovação estética e narrativa, além do prazer da experimentação.
Com produção intensa desde 2012, o artista teve obras apresentadas no Brasil e Europa, participou de exposições como Coletivo Brasil e ministrou workshops em Portugal, durante a residência artística: “Arte ao Centro” na cidade de Torres Vedras, Portugal.
Por Matheus Vieira