A Câmara Municipal de Araraquara está com uma exposição, gratuita e aberta ao público, que conta a história de um gênio nascido aqui na Morada do Sol. Trata-se de uma homenagem ao Dr. Frederico De Marco, o Manda-Chuva, um cientista, médico e professor, conhecido pelas experiências relativas às chuvas artificiais e identificado em todo o mundo como um cientista genial para sua época e, certamente, também para os dias de hoje.
Não é a primeira exposição sobre De Marco que ocorre na Câmara. Em maio, outra exposição sobre a trajetória do cientista já havia sido realizada. Entretanto, durante o período conturbado da Greve dos Caminhoneiros e desabastecimento de combustíveis, o jornalista Edson Gabriel Moyses, sobrinho neto de Frederico De Marco, viajou 800 quilômetros de Minas Gerais, onde mora, para vir até o município, para, além de visitar a exposição, trazer um acervo do professor para doar ao curador da exposição, Ronesier Corrêa. Tal iniciativa motivou a promoção de uma nova mostra no saguão da Casa de Leis. Portanto, o material hoje exposto, nunca havia sido exibido em uma exposição, já que pertence ao acervo da família.
De acordo com Corrêa, houve a chegada de materiais, que até então só estava expostos em fotos, como: o Medalhão com 9 kg em bronze, idêntico ao que se encontra no monumento De Marco, localizado no Aeroporto “Bartolomeu de Gusmão” desde 1951; um quadro pintado a óleo do cientista datado de 1929 (90 anos atrás); objetos pessoais como relógio de bolso, abotoadura de ouro, fotos originais, manuscritos de 100 anos e documentos históricos.
O feito e o tema
Frederico De Marco ficou famoso pela façanha, entre outras, de, em um dia ensolarado no ano de 1940, ter subido em um avião e ter feito chover, sob olhares perplexos e admirados de jornalistas de diversos países e mais um grupo de pessoas. A chuva aconteceu após o cientista jogar sais, preparados por ele próprio, por cima das nuvens. O feito está registrado em uma placa de bronze no Aeroporto Estadual de Araraquara “Bartolomeu de Gusmão”, no pequeno monumento, idealizado pelo artista plástico Sidney Rodrigues, junto também com a relação das todas as pessoas que acompanharam o feito.
No dia 29 de novembro de 2018, completou-se 67 anos em que a Câmara Municipal deliberou 20 mil cruzeiros ao cientista para as suas experiências de chuvas artificiais, o que lhe rendeu uma indicação ao Prêmio Nobel de Física, marcando o início do assunto que hoje mais se debate no mundo: clima.
O clima é uma das prioridades na Organizações das Nações Unidas (ONU) e no Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).
Segundo o curador da exposição, mais de 40 países, incluindo as maiores potências bélicas do planeta, utilizam a patente oficial do Dr. Frederico De Marco para manipulação climática em larga escala, inclusive tendo sido usada oficialmente como arma bélica pelos EUA durante a Guerra do Vietnã. E é utilizada também com outras finalidades, como na final da Copa do Mundo da Rússia, quando a técnica foi aplicada no jogo da final, fazendo a chuva prevista para aquele dia, ser precipitada em outro local, para que não ocorresse no estádio.
A exposição
Com dezenas de materiais históricos, a exposição “Dr. Frederico De Marco – O Manda Chuva” acontece até o dia 21 de dezembro, no saguão da Câmara Municipal de Araraquara. A Casa de Leis está situada na Rua São Bento, nº 887, Centro, e funciona de segunda a sexta, das 9h às 18h.