Show será no Teatro do Sesc, ingressos variam entre R$9 e R$30 reais e já estão à venda no Portal e nas Bilheterias
Ná Ozzetti e José Miguel Wisnik se cruzaram musicalmente pela primeira vez em 1985.
Esse encontro, que abriu caminho para tantos outros, é celebrado agora em NÁ e ZÉ – álbum que reúne 14 canções compostas por Zé Miguel entre 1978 e 2014, sendo oito inéditas em disco. O repertório que, de certa forma, refaz a trajetória de ambos será apresentado no Teatro do Sesc Araraquara no próximo sábado (9), às 20 horas. Os ingressos já podem ser adquiridos nas próprias unidades do Sesc, e também no Portal (sescsp.org.br/Araraquara), com valores entre R$9 e R$30 reais.
“A primeira vez que ouvi as canções do Zé Miguel Wisnik, em 1985, fiquei impressionada com a quantidade e qualidade do que se apresentava. Canções com muita personalidade, que traziam um diferencial pras referências que eu tinha até então. Ao mesmo tempo soavam redondas, num casamento perfeito entre melodias e letras – e que melodias, e que letras! Privilégio! Passei a incl uí-las em meus shows e acabei gravando quatro delas no meu primeiro disco solo, em 1988”, relembra Ná.
Este show passou por São Paulo, Jundiaí, Lisboa, Teresina, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre e agora chega em formato intimista, com Ná Ozzetti (voz); Zé Miguel Wisnik (piano e voz). O show também faz parte da agenda de lançamento do LP duplo Ná e Zé, que contém quase todas as canções do CD, além dos dois bônus do LP, “Sopro de flor”, parceria inédita de Wisnik com Domiguinhos, e “Mais simples”.
Lançado primeiro em formato digital, o álbum permanece disponível para download gratuito no site www.naeze.com.br., iTunes, assim como outras plataformas de streaming, Spotify, Deezer oferecem o álbum, que também está à venda em CD e LP.
As canções, por Zé Miguel Wisnik
“Subir mais” – letra ditada por Paulo Leminski pelo telefone, em 1989. Fiz a música pouco depois e acrescentei a frase “Até chegar aqui”, no final. Está no meu primeiro disco, de 1993. Agora em 2014, para o disco com a Ná, musiquei “Gardênias e Hortênsias” (que está no Poesia toda do Leminski), para se juntar com “Subir mais”.
“Sim, sei bem”– inédita de 2009, sobre uma “Ode” de Fernando Pessoa / Ricardo Reis.
“Alegre cigarra”– parceria com Paulo Neves, de 1979. Ná cantou algumas vezes em shows dos anos 1980, mas nunca foi gravada. ”Miragem”– parceria com Marina Wisnik (música minha para letra dela) gravada por ela no seu primeiro disco, em 2011.
Som e fúria – Paulo Neves me mandou a letra, em 1992. Gravada no meu primeiro CD. Momento zero – gravada por Paula Morelenbaum no primeiro CD dela, pelo selo Camerati, em 1993, e cantada pela Ná num show que fizemos no Teatro Crowne Plaza nessa época. Acrescentei a estrofe final recentemente (instante mudo / no instante mudo / sem razão nem raiz / nada te peço / nem te confesso / somente estou aqui).
Sinal de batom – primeira parceria com Alice Ruiz, em 1988. Cantada pela Ná em shows da época, mas nunca gravada. Noturno do mangue – feita para a montagem de Mistérios gozozos, de Oswald de Andrade, pelo Teatro Oficina, em 1994. Nunca tinha sido gravada. A olhos nus – composta em 1978, gravada no meu primeiro CD e no primeiro disco da Ná. É uma espécie de símbolo do encontro Ná e Zé Orfeu – música de 1982, letra que foi se fazendo nos anos seguintes, gravada no primeiro disco da Ná. A noite – parceria com Paulo Neves, de 1981. Essa nunca foi sequer cantada em algum palco.
Sinais de haicais – Leminski me deu o haicai-refrão pra musicar. Completei depois com outros haicais dele, adaptados. Passou esse tempo inédita, desde o começo dos anos 90. Zélia Duncan gravou recentemente num Cd de canções de Leminski realizado pela Estrela Leminski e Teo Ruiz. Tudo vezes dois – feita para Ná e Suzana Salles, no duplo aniversário delas, num 12 de dezembro de 1986, no dia em que fazíamos juntos um show no Espaço Off. Acrescentei recentemente a letra da estrofe que eu canto.
Nunca foi gravada. Louvar – sobre poema de Cacaso, que ele me deu num caderninho todo escrito e desenhado a mão. Eu logo musiquei, na altura de 1984, e aí ele me contou que a letra já tinha música, feita por Claudio Nucci, com o nome de Casa de morar. Mas disse também que gostava que a minha versão existisse. Ná cantou “Louvar” no meu casamento com Laura Vinci, em 1985. Cacaso estava lá, nesse dia. Nunca apresentamos essa canção em público – só recentemente, comemorando os 30 anos do nosso encontro musical, que começou justamente com ela.
Serviço
Show com Ná Ozzetti e José Miguel Wisnik
Dia: 9/3, sábado
Horário: 20h
Local: Teatro
Classificação: Livre
Ingressos:
Ingressos (Limitados a 2 por pessoa)
R$ 9,00 (Credencial Plena);
R$ 15,00 (aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante
e servidor da escola pública com comprovante);
R$ 30,00 (Inteira / Credencial Atividades).