Paciente de quatro anos é a primeira criança a usar o carrinho elétrico para ir até o centro cirúrgico.
Uma experiência pode se transformar em uma divertida aventura com os recursos corretos e, segundo profissionais da área de saúde, proporcionar a crianças um ambiente hospitalar lúdico faz com que os pequenos tenham momentos mais leves e menos traumáticos quando passam por um período pelo hospital. Pensando nisso, o Hospital São Paulo – UNIMED Araraquara colocou à disposição dos pacientes infantis, um carrinho elétrico que pode ser usado pela criança no trajeto do quarto até o centro cirúrgico.
A novidade foi aprovada pela pequena Clara, de quatro anos, que foi a primeira paciente a experimentar a novidade. A mãe Patrícia Souza percebeu a diferença no comportamento da filha depois de ser convidada a dar uma voltinha pelo hospital. “Eu nem imaginava um carrinho assim. Foi uma boa experiência, me deixou um pouco mais tranquila, porque achei que a Clara deu uma aliviada. Ela estava bastante tensa e com medo, mas depois do carrinho, ela ficou mais tranquila”, afirma.
Segundo o diretor hospitalar da UNIMED Araraquara, Antônio Carlos Durante, a ideia é exatamente essa, humanizar. “Às vezes a criança chega triste, com medo, chora, então o carrinho tira esse estresse”, pontua.
Já a gerente da enfermagem do HSP, Rosana Aparecida Jurisato Zafallon conta que a proposta veio de alguns curso realizados com profissionais de vários países entre eles os Estados Unidos, onde se iniciou o uso do carrinho elétrico. No Brasil, atualmente, o carrinho já é utilizado em alguns hospitais, mas na região, o Hospital São Paulo é o primeiro. “A gente quer minimizar os traumas, trazer mais um aconchego para criança, através da redução da ansiedade provocada por estar em um lugar que ela não conhece, com pessoas que ela não convive”, explica.
A gerente de enfermagem reitera que essa proximidade dos brinquedos, dessa parte lúdica, além de diminuir a ansiedade da criança, diminui também a ansiedade da mãe e da equipe. “O ambiente se transforma tanto para a criança quanto para mãe e para a equipe e, é o que a gente quer. Trabalhar com essa humanização em todos os aspectos em toda a linha do cuidado”, finaliza.