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Black Friday: maioria dos araraquarenses pretende economizar na data

Pesquisa do Sincomercio mostra que as expectativas para esta edição estão divididas, tanto entre os consumidores quanto para os diferentes setores do varejo

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Consumidor não anda muito animado com a Black Friday e diz esperar as promoções de final de ano

No próximo dia 27, acontece mais uma edição da Black Friday no Brasil, inaugurando a última temporada de compras de 2020. Comemorada na sexta-feira que encerra o mês de novembro, a data mobiliza tanto lojas físicas quanto digitais e vem incorporando ano a ano um maior número de empresas participantes, que observam uma oportunidade de divulgar suas marcas e produtos, regular os estoques e aumentar o faturamento.

As expectativas dos comerciantes para os dois últimos eventos deste ano, a Black Friday e o Natal, se traduzem também como oportunidades para os consumidores que estão pesquisando preços e buscando descontos especiais para economizar nas compras pessoais. Também significam boas aquisições para aqueles que já programaram as compras de Natal e querem adquirir os presentes por um valor mais atrativo.

Nesse cenário, o Núcleo de Economia do Sincomercio Araraquara promoveu uma pesquisa que avaliou as perspectivas da população araraquarense em relação às compras de fim de ano. Realizado por meio de questionário online, o estudo obteve a participação de 84 consumidores, de 19 a 65 anos, dos quais 48,2% declararam pertencer ao gênero feminino e 51,8% ao gênero masculino.

Segmentação da distribuição amostral – Pesquisa de Intenção de Consumo

Fonte/Elaboração: Sincomercio Araraquara

O levantamento revelou que 45% dos entrevistados não pretendem ir às compras nesta Black Friday e 43% responderam que irão aproveitar as promoções para adquirir somente itens necessários. Outros 12% querem desfrutar dos preços mais baixos para adquirir produtos que não são, necessariamente, de alta prioridade.

Quando perguntados se a Black Friday oferece descontos exclusivos e produtos realmente mais baratos, 65% afirmaram que sim e 35% não acreditam que as lojas oferecem grandes descontos. Dentre os que pretendem ir às compras, 25% vão utilizar as promoções da Black Friday para antecipar as aquisições de Natal, 35% farão suas compras apenas em dezembro, 23% não consumirão nada no período e os 12% restantes pretendem ir às compras nas duas datas.

Ainda em relação àqueles que pretendem consumir algo, ao menos 51% dos participantes mostraram preferência pela categoria de vestuário e calçados, seguido de perfumes e cosméticos, com 27% cada. Em terceiro lugar, eletrônicos e eletrodomésticos representaram 24% e 23% das intenções de compra, respectivamente. Na sequência, aparecem os gastos com turismo e livros, ambos com 18%, e artigos para casa, mesa e banho, que representaram 17% do total.

Ao todo, 79% dos integrantes da pesquisa pretendem investir um valor menor do que no ano passado, enquanto 22% irão desembolsar uma quantia maior este ano. Dentre os que vão gastar menos, 26% responderam ter a intenção de economizar, 23% estão em situação de aperto orçamentário, 22% temem contrair dívidas ou já estão endividados e 12% possuem outras prioridades. Na sequência, 11% não irão consumir por opção, 6% não acreditam em descontos reais e 2% sofreram redução salarial recentemente.

A pesquisa também identificou os canais de compras prioritários para este ano: 62% do público entrevistado dará preferência para o e-commerce, enquanto 34% devem optar pelo atendimento presencial e 2% utilizarão ambas as modalidades. Por fim, o ticket médio deverá ficar na faixa dos R$ 330,00, embora tenha sido observada alta amplitude nas respostas, variando de R$ 100,00 a R$ 4.000,00.

“Os números apresentados no levantamento apontam uma cautela maior por parte dos consumidores araraquarenses, já que neste ano o cenário é completamente diferente. A crise causada pela pandemia de Covid-19 impactou diretamente as finanças da população, que agora prefere se resguardar e evitar gastos desnecessários. Ainda assim, há certa perspectiva, que pode garantir ganhos extras para os lojistas”, avalia João Delarissa, pesquisador do Núcleo de Economia do Sincomercio.