A bandeira tarifária no mês que vem será vermelha patamar 1, que implica cobrança adicional de R$ 4 para cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (29), pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Em julho, já houve valor adicional, mas a bandeira foi amarela, com cobrança de R$ 1,50 para cada 100 kWh. O sistema tarifário aumenta a conta de luz em momentos de escassez de energia, quando podem ser acionadas as bandeiras amarela, vermelha 1 (rosa) ou vermelha 2.
A decisão de subir a taxa extra foi influenciada pela previsão de chuvas para o mês, que aponta “vazões abaixo da média histórica e tendência de redução dos níveis dos principais reservatórios”, disse a Aneel. “Esse cenário requer o aumento da geração termelétrica, o que influenciou o aumento do preço da energia (PLD) e dos custos relacionados ao risco hidrológico (GSF)”, afirmou.
A bandeira tarifária havia sido verde até abril, patamar que não gera custos adicionais. Com o final das chuvas de verão, houve bandeira tarifária amarela em maio. Uma melhoria nas chuvas levou a uma inesperada bandeira verde em junho.
Pouca chuva, conta mais cara. Quando há pouca chuva, o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas cai, o que diminui a produção de energia. Para compensar essa queda, o governo manda acionar usinas termelétricas, que são mais caras. Isso acontece no país desde 2013. Da mesma forma, quando há mais chuvas o governo desliga as termelétricas, e o custo da geração de energia cai. Para não ter de arcar com esses custos sozinho, o governo criou o sistema de bandeiras tarifárias, uma cobrança extra na conta de luz para bancar o funcionamento das termelétricas. O sistema começou a valer em janeiro de 2015. Apesar do modelo de bandeiras tarifárias, a Aneel pede que os consumidores façam o uso eficiente de energia elétrica e combatam os desperdícios em qualquer época do ano.