A Vigilância Sanitária de Araraquara esteve na manhã desta terça-feira (3) averiguando uma denúncia de maus tratos em uma clinica de recuperação para dependentes químicos, no bairro Jardim Laranjeiras, em Araraquara.
A reclamação é que 40 homens estão internados no local, confinados, sofrendo agressões físicas e sendo obrigados a tomar medicamentos.
A operação teve o apoio da Polícia Militar, Guarda Municipal, secretaria de assistência social e conselho tutelar.
A clínica seria clandestina e esta é a segunda vez que os órgãos de saúde de Araraquara investigam denúncias de maus tratos. A primeira teria acontecido no ano passado, quando inclusive a clinica foi fechada.
No início deste ano, a clínica teria voltado a funcionar e atualmente teria 40 pessoas internadas, todas do sexo masculino.
Todos os pacientes relataram maus tratos e afirmaram que eram dopados e que passavam fome. Ainda de acordo com os pacientes, uma pessoa conseguiu sair da clínica no domingo após ser agredido e fez a denúncia. Ele queria falar com o terapeuta, mas teria sido impedido e dopado pelos funcionários do local.
A denúncia foi feita de forma anônima para Conselho Tutelar de Araraquara. Na semana passada, o Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas (Comad) se reuniu com autoridades de saúde e segurança da cidade para organizar a ação que ocorreu hoje.
O QUE DIZ A DEFESA
O advogado da clínica, Gabriel Giannini Ferreira , disse que a Vigilância Sanitária foi injusta ao fechar o local e discorda sobre os maus tratos.
“Infelizmente pelo fato da dependência química os internos acabam relatando outras coisas além do que acontece para pode sair e se livrar. Embora estejam aqui de forma voluntária tem essa problemática. Não foi constatado maus tratos pela vigilância ou outro órgão que esteve no local”, disse ele.
“Nós já estávamos providenciando todas as questões necessárias como adequações do prédio pra regularizar. Houve uma denúncia, a vigilância apareceu e injustamente por não termos umas licenças acabou fechando, mas vamos retomar o que já tínhamos começado sobre as licenças. E retornar o funcionamento”, ressaltou o advogado.
