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Com duas ruas para ter o seu nome, Papa Francisco fica sem nenhuma com a retirada dos projetos

Por questões de enfrentamento e provocação - o prefeito Lapena e a vereadora Maria Paula Vieira, parecem ter usado o bom senso e ambos retiraram as homenagens que seriam prestadas ao recém falecido Papa Francisco. Polêmica contudo deixou a marca do desequilíbrio político na cidade.

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Papa Francisco, com dois projetos para ser nome de rua em Araraquara, ficou sem nenhum

A vereadora Maria Paula Vieira, do Partido dos Trabalhadores, um dia após criar uma onda de enfrentamento e provocação ao prefeito Lapena, do PL, querendo alterar a nomenclatura da Rua Major Carvalho Filho para Rua Papa Francisco, decidiu mudar de ideia: assim retirou o projeto que passaria por análise dos vereadores, deixando de explicar as razões sobre não ir adiante com sua proposta.

Dois dias antes, também o prefeito Lapena havia sugerido outra mudança: alterando o nome da Rua 8 de Janeiro, fundamentada em princípios políticos e de iniciativa do PT, para Rua Papa Francisco. Agindo desta forma, o Executivo reforçou o clima de provocação e deixou exposta uma atitude pouco recomendável – pois nomes inseridos em vias públicas ou logradouros, prezam a admiração e o respeito da população e não do político.

O documento enviado pelo prefeito à Câmara exigia a revogação da a Lei nº 10.922, de 13 de setembro de 2023 que criou a Avenida 8 de Janeiro – Dia da Vitória da Democracia, sancionada pelo prefeito Edinho Silva, em ato realizado no auditório da Biblioteca Municipal Mário de Andrade, no final da pandemia.

Já Maria Paula Vieira que protocolou o Projeto de Lei Nº 128/2025, disse que faria a alteração por conta da representatividade do pontífice. Desta forma o nome da Rua Major Carvalho Filho para Rua Papa Francisco, localizada no município de Araraquara, seria um justo reconhecimento ao trabalho religioso do Papa.

Mas, tanto Lapena quanto Maria Paula Vieira decidiram voltar atrás e retiraram os projetos que seriam analisados pelos vereadores, uma iniciativa mais racional tendo em vista a gravidade dos problemas que a cidade enfrenta.