O encontro do governo municipal com os servidores públicos que entram no quarto dia de greve em Araraquara serviu apenas para a entrega de uma nova proposta de reajuste salarial à categoria, a qual será avaliada e emitida uma decisão, sem contudo o diálogo anunciado pela vice-prefeita Meire Laurindo, que pertence ao quadro do funcionalismo municipal.
Os dados para a tentativa de acordo foram passados pela administração em uma reunião que sugeria debates pelo anunciado, ainda assim o Sismar admitiu ser “a primeira vitória da greve, pois o Prefeito chamou o Sindicato para apresentar proposta” que sinaliza reajuste do piso salarial dos servidores que recebem menos de R$ 2.300. No momento, o piso dessa parcela é de R$ 1.707, chegando a R$ 2.300, atingindo aumento de 34,74%. Paralelamente, o chamado auxílio-alimentação passará de R$ 850 para R$ 950. O acréscimo percentual será de quase 12%.
Por outro lado quem recebe R$ 2.300 – cerca de 70% do funcionalismo – teria um aumento de 5,53%, entendido como uma tentativa de correção, entendida como reposição sobre perdas inflacionárias e valorização dos que atuam diversos setores do serviço público em Araraquara.
Como já era de se esperar, a situação financeira do município, aliada ao próprio estado econômico do país, está no limite assegurou o prefeito, e, ele mesmo considerou que seria um passo importante para a valorização e o reconhecimento ao trabalho da categoria.
A proposta em questão, cuja apresentação e discussão estavam sob o manto do diálogo, não aconteceu e volta nesta sexta-feira (23) para debate com os servidores em assembleia marcada em frente ao Paço Municipal.
“Seja qual for o conteúdo da proposta, quem vai decidir se aceita ou não e se a greve continua ou não é a categoria que vai estar reunida, mas a greve não acabou, hoje (5ª feira) os Servidores Municipais de Araraquara tiveram a primeira vitória, após três dias de paralisação: o governo pelo menos chamou o Sindicato e a comissão para apresentar uma nova proposta para a data-base da categoria”, escreveu o Sismar em suas páginas nas redes sociais.
“A proposta, quem vai decidir se aceita ou não é a categoria, reunida em assembleia, nesta sexta-feira, dia 23, às 8 horas, em frente à Prefeitura. O sindicato e a comissão não decidem pela categoria. A greve contudo está mantida até que a assembleia decida se o movimento vai ser encerrado ou se vai continuar”, completou.
Se os servidores aceitarem a proposta, um outro ponto passará para o centro das discussões: a compensação ou remuneração dos dias não trabalhados, respeitando os limites da legislação vigente.
