O Ministério Público do Trabalho (MPT) instaurou inquérito para apurar denúncia de que uma empresa de Araraquara teria cometido assédio eleitoral. De acordo com o órgão, a acusação foi protocolada nesta quarta-feira (19) na unidade de Araraquara e refere-se a empregador que teria tentado coagir funcionários a votarem no candidato de sua preferência.
O assédio eleitoral pode ter ocorrido em reuniões, discursos ou por meio de divulgação de material de campanha. Na região, além de Araraquara, empresas de São Carlos, Ibaté, Rio Claro e Santa Gertrudes também foram denunciadas. Os nomes das empresas e dos candidatos não podem ser divulgados até que o inquérito seja concluído.
O assédio eleitoral é crime, com pena de até quatro anos de prisão e pagamento de multa, e ocorre quando o empregador age para coagir ou ameaçar ou ainda promete benefícios para quem votar em determinado candidato.
A denúncia pode ser feita de forma anônima ao MPT. No país, somente nesta eleição de 2022, foram registradas 447 ocorrências desse crime. Os estados do Sul lideram o ranking, com 171 casos, sendo 64 no Paraná, 54 em Santa Catarina e 53 no Rio Grande do Sul.