A REAG Investimentos, empresa de propriedade de João Carlos Mansur, que é membro do Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) do Palmeiras, está no centro de uma investigação da Polícia Federal e possui diversos negócios relacionados ao mercado do futebol.
Mansur tem um papel significativo no Palmeiras.
Ele foi um dos responsáveis pela parceria com a WTorre, liderando e viabilizando a construção do Allianz Parque, conforme detalhado em seu perfil no LinkedIn. Entre os seus negócios, aparece a Revee – que tem sob sua concessão a Arena da Fonte, o Gigantão e o Centro de Eventos de Araraquara (CEAR) por cerca de 30 anos.
Além de sua atuação na WTorre, Mansur é conselheiro do clube (Palmeiras), integrando o Conselho Deliberativo e o COF. Isso lhe confere uma influência direta nas decisões administrativas e financeiras do time.
A reportagem do portal UOL, em recente publicação, revelou que o empresário mantém uma relação próxima com Leila Pereira e é um nome de destaque na corrida pela presidência do Verdão.
A REAG participou da negociação da SAF do Juventus. A aquisição do clube, conhecido como Moleque Travesso, envolve um investimento de R$ 500 milhões, em parceria com a Contea Capital.
Além disso, a REAG Capital Holding gerencia o Arena Fundo FII, responsável pela contabilidade da Neo Química Arena, estádio do Corinthians.
A Arena do Grêmio também esteve sob sua administração até que o empresário Marcelo Marques adquiriu os créditos da dívida de construção e os direitos de gestão por R$ 130 milhões, transferindo-os posteriormente ao clube. A reportagem também descobriu que a REVEE, parceira no projeto do Canindé, estádio da Portuguesa, foi fundada por Mansur.
Esta mesma empresa está envolvida na administração e revitalização da Fonte Luminosa, estádio localizado em Araraquara, no interior de São Paulo. Com a Prefeitura de Araraquara, no ano passado, Mansur assumiu uma concessão para administrar o Estádio da Fonte Luminosa, o Gigantão e o CEAR, porém os bens públicos foram parar nas mãos de uma outra empresa criada por ele – a Nova Fonte Luminosa, líder do consórcio, é uma empresa controlada pela REVEE – Real Estate Venues & Enterteinment Participações, que contou com a experiência da REAG na assessoria ao consórcio vencedor da licitação, liderado pela Integritate. Juntos, elas foram responsáveis em 2008, pela estruturação da operação envolvendo o Allianz Parque.
Mansur possui mais de 35 anos de experiência em auditoria, gestão financeira e planejamento estratégico, tendo trabalhado em empresas como PriceWaterhouse Coopers, Monsanto e WTorre Arenas. Ele já estruturou mais de 200 fundos de investimento e participou de diversos projetos imobiliários.
O QUE DIZ A REAG
“A REAG Investimentos S.A. informa que colabora integralmente com as autoridades responsáveis pela Operação Carbono Oculto, e permanece confiante no regular funcionamento das instituições e da Justiça, com a certeza de que todos os fatos serão devidamente esclarecidos.
Sobre os fatos objeto de apuração, esclarece que diversos Fundos de Investimentos mencionados na Operação nunca estiveram sob sua administração ou gestão.
Quanto aos Fundos de Investimento apurados em que a empresa atuou como prestadora de serviço, informa que agiu de forma regular e diligente. Cumpre registrar que tais fundos foram, há meses, objeto de renúncia ou liquidação.
Reforça, ainda, que não possui nem nunca possuiu qualquer envolvimento com as atividades econômicas ou empresariais conduzidas por esses clientes.
A REAG permanece em atuação com seu rigor técnico, ética e transparência, em estrita conformidade com as normas e exigências da lei e dos reguladores do sistema financeiro.”
A LIGAÇÃO ENTRE A REVEE E REAG
A Reag (Reag Investimentos) tem uma ligação com a Revee, a partir de uma organização societária, sendo feita uma cisão de ativos para a Reeve e com a Reeve, uma unidade de gestão de eventos da Reag, com foco em revitalização de instalações esportivas, tendo como exemplos o Gigantão, Arena da Fonte e o CEAR. (Por Beatriz Carvalho/O Segredo)
OPERAÇÃO QUASAR
A Operação Quasar tem como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta de instituições financeiras.
A investigação identificou um esquema sofisticado que utilizava fundos de investimento para ocultar patrimônio de origem ilícita, com indícios de ligação com facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC).
