O objetivo é reorganizar e agilizar o serviço, que oferece consultas, exames e, quando necessário, reidratação. Hoje, o Centro está atendendo uma média de 300 pessoas por dia. “A demanda está grande e preocupante e nós estamos trabalhando muito para atender com qualidade, inclusive nas UPAs que também atendem suspeitos de dengue, além das outras patologias”, afirma Eliana Honain, secretária municipal de Saúde. “Mas é um momento crítico e toda a população precisa continuar colaborando nesse combate. Os agentes estão trabalhando muito nos bloqueios e observando problemas graves nos quintais. As ações de combate aos criadouros do mosquito Aedes aegypti continuam, com bloqueios, visitas domiciliares, nebulização e fumacê, mas é fundamental o apoio da população, porque muitos criadouros com larvas do mosquito estão nos quintais das casas habitadas”, enfatiza.
COMBATE À DENGUE
Os agentes de combate à dengue estão nesta segunda realizando bloqueio no Jardim Brasil, Centro, São Geraldo e Residencial Acalantro. Também haverá fiscalização nos pontos de reciclagem, ferro velhos e borracharia do Jardim Zavanela, Jardim Serra Azul, Distrito Industrial, Vila Sedenho, Selmi Dei e Valle Verde, além de nebulização costal no Jardim Independência e nebulização motorizada (fumacê) na Vila Xavier.
E a ação com a utilização de um drone na busca por focos da dengue do mosquito Aedes aegypti terá início nesta terça-feira (29), pelo Centro. A ação será coordenada pela Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância em Saúde e da Gerência de Controle de Vetores, em ação conjunta com a Secretaria Municipal de Cooperação dos Assuntos de Segurança Pública.
Ainda amanhã, terça, será feito bloqueio contra criadouros no Jardim Brasil/Gramado, no São Geraldo/Centro, no Parque das Laranjeiras e Jardim Universal. Haverá nebulização no Santa Angelina e fumacê, no período da manhã, na Vila Xavier, entre Ruas Antônio Prado e Princesa Isabel e Avenidas Padre Antônio Cezarino e Santo Antônio.
No período da noite, o fumacê continua na Vila Xavier, entre as Avenidas Antônio Lourenço Correia e João Batista de Oliveira e Ruas Marechal Deodoro da Fonseca e Alameda Paulista.
NÚMEROS ATUALIZADOS
O balanço divulgado pela Vigilância nesta segunda-feira (28), aponta que Araraquara atingiu a marca de 1.721 casos confirmados de dengue em 2022. Foram 138 casos em janeiro, 636 casos em fevereiro e 947 em março. O total deste ano ainda está muito abaixo do registrado em 2019, quando o município enfrentou uma epidemia (com 23.134 casos registrados no ano inteiro e 16.911 entre janeiro e março), porém o índice de 2022 já está acima do registrado no ano todo de 2021.
Neste ano, seis óbitos causados pela dengue foram registrados em Araraquara. Dois óbitos foram confirmados nesta segunda-feira (28).
Um deles é um homem de 40 anos, com comorbidades, que deu entrada em unidade hospitalar da rede privada com sintomas de dengue, fez exame e foi internado após avaliação clínica. Ele faleceu no dia 25 de março.
O outro óbito é de uma mulher de 85 anos, com comorbidades, que também foi internada com sintomas de dengue em hospital da rede privada e faleceu no dia 26 de março.
Vale destacar que os sintomas de dengue são febre, dor no corpo, dor de cabeça, dor atrás dos olhos e manchas pelo corpo. No momento em que o paciente procurar o atendimento, ele deve levar RG, Cartão SUS e um comprovante de endereço com CEP.
O Centro de Atendimento de Dengue funciona no hospital de campanha, diariamente, inclusive finais de semana e feriados, das 7h às 21h. E todas as unidades de saúde do município também atendem casos suspeitos de dengue – os postos funcionam de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 16h30 e as UPAS, 24 horas. Vale acrescentar que a UPA da Vila Xavier, que desde o início da pandemia de Covid-19 atendia exclusivamente casos da doença, já retomou o atendimento de outras patologias, inclusive dengue.