Os servidores municipais decidiram em assembleia na noite desta sexta-feira (16) realizada na frente do Paço Municipal que vão cruzar os braços a partir da próxima terça-feira (20) e reivindicar a reabertura das tratativas salariais e melhores condições de trabalho que julgam estar influenciando no próprio desempenho do funcionalismo.
A participação de cerca mil servidores no encontro desta sexta-feira ultrapassou a expectativa, levando a diretoria do Sismar ao entendimento de que a campanha em torno da assembleia atendeu seus objetivos, havendo compreensão dos servidores sobre suas reais necessidades salariais e reconhecimento ao seu desempenho profissional. Seria a valorização da categoria.
Na madrugada em suas páginas nas redes sociais, o Sismar chegou a publicar que exige do Governo Lapena o seu retorno para a mesa de negociação visando discutir o reajuste da categoria; caso não haja retomada do diálogo, a greve geral começa na terça-feira (20). “Queremos que as negociações da data-base sejam retomadas”, anunciam.

A publicação explica que o caso estava em andamento, porém essas negociações foram interrompidas unilateralmente pelo governo, que enviou para a Câmara Municipal o projeto de reajuste rejeitado pela categoria, também em assembleia da categoria.
“Ficou decidido na assembleia que a categoria começa uma greve geral a partir de terça-feira, 20, somente caso não haja diálogo entre governo, Sindicato e comissão de servidores até segunda-feira”, deixa claro o sindicato que representa a categoria.
Para o Sismar o projeto rejeitado concede 5,49% de reajuste com uma mão, mas com a outra retira o abono pecuniário do salário e coloca o valor no tíquete, o que é extremamente cruel, porque reduz os menores salários. O reajuste não repõe o valor que será reduzido com a perda do abono. E vale alimentação não paga boletos. No fim, pelo projeto do governo, quem já recebe pouco no holerite, vai receber menos ainda. A avaliação feita pelo sindicato junto aos servidores foi levada outra vez ao conhecimento dos trabalhadores no encontro de sexta.
O presidente do sindicato Gustavo Jacobucci argumenta que – a partir da decretação da greve, a categoria entra em assembleia permanente. Na segunda-feira à noite, portanto, novamente em frente à Prefeitura, os servidores farão outra assembleia com concentração a partir das 18h visando apresentar a preparação mais detalhada da greve, caso até lá o governo Lapena não tenha sinalizado com a intenção de retomar as negociações.
Em linhas gerais, a categoria exige da Prefeitura a reposição da inflação, acrescida de aumento real de 10%; aumento no vale-alimentação para R$ 1,2 mil; desvinculação das faltas abonadas do vale-alimentação; majoração do abono pecuniário para R$ 250; entre outras pautas.
Já o Governo vem oferecendo 5,49% de reposição da inflação e vale-alimentação de R$ 1,1 mil, mas com a incorporação do abono pecuniário, saindo do salário com a condução para o vale-alimentação) e da incorporação de um bônus de R$ 200. Na prática, o reajuste do auxílio-alimentação seria de R$ 97,29 pela proposta do Executivo, explica o Sismar.