Um esporte de raquete que se tornou a nova febre mundial chega a Araraquara entre os dias 6 e 8 de junho, no Touch Tennis (Av. Ana Grossi Tellaroli, 64 – Recreio Campestre Idanorma). Modalidade que combina tênis, badminton e até tênis de mesa, o pickleball vem ganhando milhares de praticantes no Brasil graças à Liga Supremo, principal circuito profissional da América Latina, que realiza a quarta etapa da temporada na Morada do Sol.
Com mais de 100 milhões de praticantes no mundo, sendo os Estados Unidos responsáveis por cerca de 40% deste total, o pickleball tem cerca de 30 mil atletas no Brasil e estimativas otimistas indicam que o país pode atingir a marca de 1 milhão de jogadores já nos próximos anos. Um dos segredos do sucesso está em seu caráter democrático e inclusivo, isto é, um esporte capaz de contemplar homens e mulheres de todas as idades.
Isso se deve à medida reduzida da quadra (13 metros de comprimento por 6m de largura), à menor velocidade dos golpes e à bola mais leve, feita de plástico e cheia de furinhos. Os jogadores são separados por uma rede e podem disputar partidas de simples e duplas, cujos sets vão até 11 pontos.

“O pickleball é um esporte que você aprende rápido a jogar, que em poucos minutos você já consegue bater bola. As partidas são de curta duração e ainda têm uma grande vantagem para quem está em uma faixa etária mais avançada, porque as quadras são menores e não exigem muito deslocamento, como no tênis”, explica Paulo Cantoli, CEO da Liga Supremo.
Em Araraquara, a Liga vai distribuir mais de R$75 mil em premiação aos atletas. As disputas profissionais vão reunir 64 jogadores, sendo cinco destaques internacionais: o norte-americano Jake Kusmider; os chilenos Fabian Deramond e Juan Ignacio Silva, melhores jogadores do país na atualidade; e os peruanos Alexa Quintanilla e Willy Pino, líderes do ranking nacional. Os principais nomes do Brasil também estão confirmados, casos de João Linhares e Marcela Donatoni.
“O boom da modalidade aconteceu depois da pandemia da Covid-19, que foi quando eu comecei a jogar também. Primeiro como uma grande brincadeira, até porque antigamente nós jogávamos e não éramos remunerados, nem recebíamos premiação”, diz Marcela, 26 anos, que hoje se dedica exclusivamente ao esporte e, além da Liga Supremo, disputa a liga australiana.
Em paralelo ao evento profissional ocorrem as competições para atletas iniciantes e amadores, que atraem centenas de inscritos. Para a etapa de Araraquara, já são mais de 200 confirmados e a expectativa é que o número praticamente dobre até o início do campeonato. As inscrições são feitas pelo site https://letzplay.me/ligasupremo, e o evento terá transmissão ao vivo no canal da Liga Supremo (https://www.youtube.com/@LigaSupremo).
PIONEIRISMO NA AMÉRICA LATINA
Em sua primeira temporada, a Liga tem como principal pilar a valorização dos atletas. Inspirado no modelo norte-americano, o evento distribui cerca de 40% das suas receitas para os competidores, o que, em poucos meses, já vem contribuindo para acelerar a profissionalização da modalidade no Brasil. Ao todo, a projeção é de mais de R$ 2 milhões em premiações ao longo das 12 etapas previstas para 2025.
“A Liga está um passo à frente: está estruturando o ambiente profissional antes mesmo de o mercado fazer isso por conta própria. Para isso, é fundamental valorizar os atletas, não somente por meio de premiações e salários, mas também entregando um evento com estrutura de padrão internacional e alto nível técnico”, disse Paulo Cantoli, CEO da Liga Supremo.
A popularidade do pickleball tem avançado em ritmo acelerado em todo o mundo. Nos Estados Unidos, é o esporte que mais cresce, chegando a mais de 300% nos últimos quatro anos. A modalidade já conta com quase 40 milhões de praticantes no país, incluindo grandes personalidades e atletas, como LeBron James, que recentemente adquiriu uma franquia da Major League Pickleball, Serena Williams, André Agassi, Tom Brady e Selena Gomez.
Com regras simples, raquetes leves e quadras menores, o esporte proporciona partidas dinâmicas e de baixo impacto, ideais para todas as idades — de crianças a idosos. Essa ergonomia reduz riscos de lesão e favorece uma prática mais prazerosa e segura.
A natureza inclusiva do esporte tem sido um dos principais vetores de sua expansão, promovendo socialização entre gerações e se adaptando tanto ao ambiente recreativo quanto ao competitivo.