Um dos mais importantes nomes da música popular brasileira, a cantora Gal Costa faleceu na manhã desta quarta (9), aos 77 anos. Ela se recuperava de um procedimento cirúrgico nasal, fato que a fez cancelar, em cima da hora, sua participação no festival Primavera Sound, que ocorreu no último fim-de-semana em São Paulo.
Em Araraquara, sua última passagem ocorreu em 25 de maio de 2014, quando Gal foi uma das principais atrações da Virada Cultural ao lado do cantor Otto. Na ocasião, ela desfilou um show que divulgava, à época, seu mais recente álbum, “Recanto” – o trigésimo da carreira, marcado por misturar rock, música eletrônica e MPB.
Essa mesma apresentação foi levada para a edição de São José do Rio Preto. Dois anos antes, também na Virada Cultural, a artista cancelou sua participação por motivos de saúde, sendo substituída por Vanessa da Mata. “Estive com ela em Ipanema no fim da década de 70, certa vez. Gal ensaiava para o disco Gal Tropical. Os bons estão indo. Triste”, lamenta o fã araraquarense Eugênio Balan.

Chamada, na década de 60, por João Gilberto de “a maior voz do Brasil”, Gal Costa começou na música aos 20 anos ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia e Tom Zé. Sua potente voz associada ao talento excepcional de Gil e Caetano, fez da tropicália um movimento que mudou os rumos da música brasileira. Seu primeiro álbum de mesmo nome saiu em 1969. O último, “Nenhuma dor”, há um ano.
Por Matheus Vieira