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Governo de SP contrata mil fiscais para que medidas sanitárias sejam cumpridas

A iniciativa, feita em parceria com municípios, terá o investimento mensal de R$ 3,6 milhões para o governo do Estado. Em Araraquara os fiscais da Vigilância Sanitária também compõem a força tarefa que trabalha para cobrar o cumprimento do decreto municipal de calamidade pública, junto com a Guarda Civil Municipal, fiscais da Vigilância Epidemiológica, fiscais de Posturas e equipes do Procon, além da PM

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O governo de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (3) a contratação de mil agentes para trabalharem em uma força-tarefa de fiscalização do uso de máscaras, respeito às normas de distanciamento social e restrições de atendimento ao público em estabelecimentos comercias no período de festas de fim de ano. A ação começa a partir desta sexta-feira (4).

ARARAQUARA

De acordo com a Prefeitura de Araraquara, a Vigilância Sanitária já vem participando, ha três meses, de inspeções, em conjunto com o Governo do Estado, para cobrar o cumprimento de medidas sanitárias previstas por lei. Além disso, os fiscais da Vigilância Sanitária também compõem a força tarefa que trabalha para cobrar o cumprimento do decreto municipal de calamidade pública, junto com a Guarda Civil Municipal, fiscais da Vigilância Epidemiológica, fiscais de Posturas e equipes do Procon, além da PM.

Para além dessas, ainda não chegou até a Vigilância Sanitária nenhuma outra ação programada pelo Governo do Estado.

E com a chegada de mais um fim de semana, os órgãos de fiscalização estão novamente organizados para circular pelas ruas do município. O objetivo é cobrar o cumprimento do decreto municipal que reconhece estado de calamidade pública de Araraquara.

A partir da próxima semana, essa fiscalização será reforçada com a participação da atividade delegada da Polícia Militar; serão seis vagas a mais, no período de 7 a 24 de dezembro, quando o comércio estará atendendo em horário especial de Natal.

Todos os estabelecimentos comerciais, de serviços e demais atividades, assim como a população em geral, devem seguir as regras e os protocolos sanitários.

A falta de cuidado e as aglomerações aumentam os riscos de contágio pelo coronavírus. O respeito ao distanciamento, uso de máscara em locais públicos e a higienização das mãos com frequência devem ser mantidos para que o fim de semana não seja causador de um aumento nos índices epidemiológicos. As pessoas do grupo de risco devem permanecer em isolamento social.

ESTADO

De acordo com o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, a fiscalização ocorrerá de quarta a domingo, dias de maior movimento, em todas as regiões do estado.

“O objetivo é promover a fiscalização, tanto de medidas que continham a progressão da pandemia, como o uso de máscara e o cumprimento de regras do distanciamento social, proibição da realização de eventos e a ocorrência de aglomerações”, afirmou o secretário em coletiva de imprensa no início da tarde.

Ao todo, 645 municípios fazem parte do estado. O governo não explicou quantos profissionais irão atuar por região e de que forma a fiscalização será feita.

Ainda de acordo com o governo, a vigilância sanitária estadual já realizou, desde o dia 15 de julho, cerca de 110 mil inspeções com uma aplicação de mais de 1000 multas por descumprimento de regras.

A iniciativa, feita em parceria com municípios, terá o investimento mensal de R$ 3,6 milhões para o governo do estado de São Paulo.

FESTAS DE FIM DE ANO

Durante a coletiva de imprensa desta quinta, o governo de São Paulo recomendou que as pessoas evitem celebrações de final de ano que reúnam mais de dez pessoas.

“Nós estamos recomendando, fortemente recomendando, que nestas festas de final de ano, para que as pessoas, por um ato de cidadania e de proteção para sua família, evitem aglomerações superiores a dez pessoas. Isso é uma medida razoável, e ainda com tempo de exposição baixo. Não dá hoje para imaginar um grupo maior do que dez pessoas reunidos com tempo de exposição maior do que uma hora, onde se tiver apenas um entre eles que tenha uma doença pré-sintomática pode contagiar os demais”, afirmou José Medina, coordenador do Centro de Contingência para Covid-19

Medina destacou o temor dos encontros principalmente para o grupo de risco com maior letalidade da doença.

“E nós recomendamos a proteção dos idosos, das pessoas com mais de 50 anos. Qualquer pessoa com mais de 50 anos tem um risco, uma letalidade muito maior. Nós acompanhamos essa letalidade no estado de São Paulo. Quem tem entre 50, 60 anos, a letalidade é de 3%. E ela é gradativamente subindo quem tem mais de 80 anos, até 80, 89 anos, é de 32% e mais de 90 anos, é de 39%.”

Como todo o estado está na fase amarela do plano, eventos públicos e demais atividades que geram aglomerações não são permitidas.