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Itens da cesta básica estão mais caros pelo terceiro mês seguido em Araraquara

Valor médio dos produtos novamente registra alta; Núcleo de Economia do Sincomercio Araraquara analisa os resultados

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Aumento nas exportações da carne vermelha, sobretudo para o mercado chinês, reduz a quantidade ofertada em nosso mercado, mantendo os preços elevados

Pelo terceiro mês consecutivo, Araraquara registrou alta no valor da cesta básica. Segundo a pesquisa mensal do Núcleo de Economia do Sincomercio Araraquara, o valor médio dos itens ficou 1,46% mais caro. O consumidor que, em abril de 2021, desembolsava R$ 789,35 para adquirir todos os produtos que compõem a cesta avaliada, atualmente paga R$ 800,87 – R$ 11,51 a mais. As categorias mais atingidas pela alta foram: alimentação (1,55%), seguida de higiene pessoal (1,41%) e limpeza doméstica (0,39%).

Considerando o preço unitário médio dos 32 itens analisados, 18 apresentaram alta, enquanto 13 registraram redução em maio de 2021. Na categoria de alimentação, a elevação atingiu 13 dos 23 itens; na de limpeza doméstica, 2 dos 4 itens; e na de higiene pessoal, 3 dos 5 itens que compõem o grupo. Por outro lado, as reduções de preço foram observadas em 10 produtos do grupo de alimentos, em 2 itens de limpeza doméstica e em 2 itens de higiene pessoal.

Os produtos alimentícios que apresentaram as maiores altas foram: queijo muçarela (15,5%), batata (8,42%), sabão em barra (7,21%), açúcar refinado (5,40%) e salsicha avulsa (4,86%). Já os itens em queda foram: cebola (-23,14%), leite em pó integral (-5,38%), farinha de mandioca (-5,32%), absorvente higiênico (-3,89) e feijão carioca (-3,15). No entanto, quando analisados os itens que mais contribuem para a elevação no preço total da cesta, os vilões são as carnes de segunda – acém (5,23%) e de primeira – contrafilé (2,81%), seguidos pelo queijo muçarela (2,11%), frango resfriado (1,87%) e batata (1,10%).

Para João Delarissa, analista econômico do Sincomercio Araraquara, essa elevação em maio está associada justamente ao encarecimento das proteínas que são monitoradas pela pesquisa. “O aumento nas exportações da carne vermelha, sobretudo para o mercado chinês, reduz a quantidade ofertada em nosso mercado, mantendo os preços elevados. Além disso, a valorização das commodities no mercado internacional também aumenta os custos de produção da pecuária, por meio do encarecimento de insumos como a soja e o milho, utilizados como ração animal”, analisa.