Foi sepultado na manhã desta quarta-feira (12) no Cemitério São Bento em Araraquara o produtor rural Hilário de Souza Eleutério, aos 84 anos, irmão do presidente do Sindicato Rural, Nicolau de Souza Freitas. Hilário ao longo dos seus 65 anos de atividades agrícolas tornou-se um dos grandes produtores rurais da nossa região.
Figura extremamente simples e com enorme influência nos meios comunitários e religiosos, Hilário ainda menino começou a trabalhar no campo, ajudando a família. Era ele, o único irmão de Nicolau, ainda vivo, e, até pouco tempo atrás desenvolvendo suas atividades normalmente na agricultura.
Pelo seu brilhante trabalho nos meios agrícolas, Hilário de Souza, chegou a ser homenageado no Dia do Agricultor, em solenidade realizada pelo Sindicato Rural. Naquele dia a emoção estava estampada em seu rosto.
Alguém disse a ele, é do campo que saem as melhores almas, e não seria diferente com o menino que nasceu nas terras dos pais, mais precisamente no Sítio São Paulo, na Cabeceira do Boi, em 20 de fevereiro de 1940.
Hilário, como ele mesmo dizia, veio de uma grande família onde eram em 10 irmãos. Desde criança aprendeu com os pais a sentir o verdadeiro amor pela terra. “E dela, devo confessar, tirei tudo o que podia, o que tenho hoje”, comentava com os amigos o sertanejo puro conhecedor das safras, principalmente do que plantou – café, laranja e nos últimos anos a cana-de-açúcar, uma das mais importantes culturas da nossa economia.
Dentro da simplicidade que o caracterizava, jeito matuto, afirmava que viver da terra tinha seus altos e baixos, mas amava o que fazia e onde mantinha seus 36 hectares; no entorno, todos faziam parte da mesma família, o que tornava o lugar mais aconchegante e com cheirinho de casa de mãe.
Em 1967 casou-se com Carmem Soeli Bisegle, que conhecera em um baile nas redondezas de seu sítio. Do amor nasceram três filhos: Silvia Aparecida de Souza Adalberto, Hilário Júnior e Fabio Caetano de Souza. Também quatro netos – Letícia Areadne Adalberto, Beatriz Helena de Souza, Hilário Neto e Pedro Hilário de Souza, que completam a felicidade do casal.
Hilário e sua esposa viveram no sítio por 45 anos, e agora vinham morando no Jardim Imperador, mas não deixavam de estar na propriedade, onde além da cana mantinham uma granja, criação de porcos que é feita pelo filho, gado e cavalos para garantir a diversão dos netos que herdaram também o amor pela terra.
A homenagem no Dia do Agricultor naquela oportunidade foi um justo prêmio a Hilário, sua esposa Carmem e demais familiares por sua luta no campo. Ele nunca se curvou diante do tempo, tornando-se uma pessoa querida e respeitada. Agora partiu para o merecido descanso, após conviver com uma doença por algum tempo.
